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Cuiabá, Quinta-feira 11/09/2025

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SIMULAÇÃO DE SUICÍDIO 11.09.2025 | 18h21

MP oferece denúncia contra homem que matou esposa psicóloga em MT

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Fabiano Marques/SóNotícias

Fabiano Marques/SóNotícias

O promotor de Justiça do Ministério Público (MPMT), Pedro da Silva Figueiredo Junior, ofereceu denúncia contra Fábio Teixeira Santin, 44, preso pelo feminicídio da psicóloga Janaina Carla Portela Santin, 43, morta com um disparo de arma de fogo na cabeça, no dia 16 de junho deste ano, na casa onde o casal morava em Sinop (500 km ao norte de Cuiabá). O caso tramita em segredo de justiça.

 

Na época do crime, a polícia foi acionada para atendimento a uma ocorrência envolvendo disparos de arma de fogo em uma casa no Residencial Delta. Quando a equipe chegou, encontrou Janaina e o marido baleados. A morte da psicóloga foi confirmada ainda no local. Já o marido foi socorrido com um tiro na perna e encaminhado para unidade de saúde.

 

O delegado que presidiu o inquérito, Ugo Mendonça, descartou a hipótese de suicídio da psicóloga após exames de perícia e análise do local do crime. Ele disse que a casa e o corpo da vítima não apresentavam características de que ela tivesse atentado contra a vida e cita que Fábio alterou a cena do crime.

 

A juíza Rosângela Zacarkim dos Santos determinou a conversão de prisão em flagrante para preventiva de Fábio, observando que "o crime foi praticado no contexto de violência doméstica, com emprego de arma de fogo, dentro da própria residência da vítima, circunstância que revela a brutalidade do comportamento, o qual, à evidência, põe em risco a própria garantia da ordem pública".

 

Quanto ao pedido formulado pela defesa de Fábio para substituição da prisão preventiva por domiciliar, a juíza considerou que não merecia acolhida, mesmo a alegar ser pai de criança menor de 6 anos, bem como possuir problemas de saúde, não constando nos autos documentos que comprovassem os fatos.

 

Fábio ainda apresentou versões distintas para o ocorrido. Na primeira versão teria narrado aos policiais que uma discussão com a esposa teria se iniciado dentro do quarto e ele teria pegado sua pistola. A discussão prolongou-se até a sala, onde a mulher teria tomado a arma das mãos dele e efetuado disparos e cometido suicídio.

Já na segunda versão, Fábio cita que após discussão, iniciada dentro do quarto, ele pegou sua pistola e colocou na cintura, sendo que depois continuaram a discussão na sala. Nesse cômodo, ele alegou ter sentado em um sofá de frente para a vítima e retirado a pistola da cintura, a qual ele colocou em cima de um sofá lateral, mais perto dele do que da vítima.

Em seguida conta que abaixou a cabeça como se estivesse rezando e que a esposa teria pego a pistola e se afastado dele, momento em que ela, em pé, ficou de frente para ele, distante cerca de 2 metros e meio a 3 metros e efetuado disparos em direção a ele, sendo que um teria atingido sua perna esquerda.

Logo depois, ele teria caído do sofá no chão e ficado de costas para a mulher, a qual teria efetuado um disparo na cabeça, praticando um suicídio.

Os investigadores destacam incoerências, como o fato de que Fábio teria tido tempo de reação para impedir que a mulher chegasse até a arma de fogo, pois estava mais perto do objeto, caso realmente tivesse colocado no sofá.

O disparo que atingiu a perna esquerda de Fábio não possuía perfuração como se o disparo fosse feito por uma pessoa a sua frente. Havia ainda marcas de tiros nas paredes. Os peritos ainda concluíram que não havia marca de tiro encostado na cabeça da vítima, típico de disparo suicida.

 

Com isso foi constatado que o crime de feminicídio, mediante recurso que dificultou a defesa da ofendida e com uso de arma de fogo, segundo relatório.

Ex-integrante da Força Aérea, Fabio possuía porte de arma, sendo registrada uma Taurus modelo PT59S, calibre .380 semiautomática.

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