com TORNOZELEIRA 14.08.2025 | 16h34
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Reprodução / Instagram
A Justiça do Ceará concedeu, na quarta-feira (13), prisão domiciliar à influenciadora Emilly Kamilly Souza da Silva. A investigada foi um dos alvos da Operação Quéfren, que desarticula um grupo que divulgava plataformas de apostas ilegais no Brasil, como o “Jogo do Tigrinho”. Agora Emily está proibida de anunciar jogos de azar, usar a internet e será monitorada por tornozeleira eletrônica.
Conforme a decisão do desembargador do Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE), Sérgio Luiz Arruda Parente, a jovem terá de cumprir medidas cautelares diversas da prisão. Segundo os autos, ela foi presa preventivamente pela suposta prática de crimes de organização criminosa, estelionato, crime contra a economia popular e contra o consumidor, além de promover jogos de azar fraudulentos em redes sociais.
Diante disso, a influenciar está proibida de exercer qualquer atividade econômica relacionada a apostas e sorteios, direta ou indiretamente por terceiros. Além disso, está impedida de acessar a internet e manter redes sociais como Instagram, Whatsapp, Facebook , Tik Tok, Telegram e outros até o término da instrução processual.
Ela também deve comparecer quinzenalmente em juízo para justificar suas atividades, recolher-se no período noturno das 21h às 5h e nos dias de folga, e também terá monitoramento eletrônico por um período inicial de 6 meses até o magistrado entender ser conveniente a suspensão de medida.
Emily estava presa desde 3 de junho deste ano, quando foi localizada no bairro Santa Terezinha, em Cuiabá, na casa da mãe. Ela foi alvo da Operação Quéfren, deflagrada no dia 2 de abril, nos estados do Ceará, Mato Grosso, São Paulo e Pará. A jovem passou um período foragida.
A Operação Quéfren expediu 13 mandados de prisão, 17 de busca e apreensão, 23 de busca veicular, além de 15 ordens de bloqueio de bens e valores contra os investigados. A ação visa desmantelar um esquema suspeito de lavagem de dinheiro ligado às apostas ilegais.
A investigação
Conforme apurado pela Polícia Civil do Ceará, que conduz a operação desde abril de 2024, a maioria dos investigados é agente de plataformas responsáveis pela contratação de influenciadores digitais para divulgação de cassinos online, através de suas redes sociais para promover sites de apostas não autorizadas no país.
As diligências apontam indícios de lavagem de dinheiro, estelionato praticado por parte dos investigados, além da existência de uma organização criminosa articulada de caráter transnacional. Com milhares de seguidores, os influenciadores digitais gravavam vídeos e imagens com ganhos fictícios em plataformas de cassino online e postavam em suas redes sociais para captar maior número de apostadores.
Os envolvidos também utilizavam conta “demo/teste” para iludir os seguidores, bem como integram uma rede que negociavam diretamente com chefes das plataformas que tem como proprietários pessoas que residem no exterior, a sua maioria na China, fazendo a indicação de outros influenciadores digitais para a divulgação do “Jogo do Tigrinho”.
Os influenciadores digitais eram remunerados de diversas maneiras, desde o pagamento pela simples colaboração (postagem da plataforma), como pela quantidade de novos usuários nas plataformas (cadastro), ou receberiam comissionamento pelo montante de apostas (valores depositados pelas vítimas), movimentando milhões de reais nos últimos anos.
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