Operação Efatá 03.12.2025 | 14h15

redacao@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
A Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Mato Grosso (OAB-MT) abriu processo de suspensão preventiva contra o advogado Rodrigo da Costa Ribeiro, preso na manhã desta quarta-feira (3) durante a Operação Efatá, da Polícia Civil. Ele foi detido em um apartamento no condomínio de luxo Brasil Beach, em Cuiabá, alvo de investigações sobre um suposto esquema de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.
No comunicado, a OAB-MT pontuou que por decisão do Tribunal de Ética e Disciplina (TED) vai acompanhar as investigações junto a Segurança Pública de Mato Grosso. “A Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT) instaurou processo de suspensão preventiva em face do advogado Rodrigo da Costa Ribeiro, de Cuiabá, por decisão do Tribunal de Ética e Disciplina (TED), imediatamente após ter ciência das graves acusações que pesam contra ele e atentam contra a dignidade da advocacia. Por ofício, solicitará informações à Segurança Pública, para tomar demais providências cabíveis”.
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Conforme noticiou o
, a Operação Efatá cumpriu 148 ordens judiciais em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, voltadas à desarticulação de um esquema milionário de lavagem de dinheiro ligado ao tráfico e à atuação de facção criminosa. As diligências ocorreram em Cuiabá, Várzea Grande, Água Boa, Sinop, Primavera do Leste e em Mato Grosso do Sul.
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A investigação da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos identificou movimentações superiores a R$ 295 milhões realizadas por meio de empresas de fachada, contas em nome de laranjas e pessoas jurídicas vinculadas ao núcleo criminoso. As medidas incluem 34 mandados de busca e apreensão, 40 medidas cautelares diversas de prisão, bloqueio de contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas até R$ 41,2 milhões, além do sequestro de imóveis e 15 veículos.
Conforme a Denarc, o grupo usava familiares e associados para movimentar valores expressivos sem lastro documental, fracionando depósitos e transferências para ocultar a origem dos recursos. Um único investigado movimentou R$ 295.087.462,24 entre créditos e débitos. O trabalho contou com apoio do Núcleo de Inteligência e do Laboratório de Lavagem de Capitais da Polícia Civil, que reuniram provas da estrutura financeira ligada a uma facção criminosa. Durante a apuração, vários suspeitos foram presos em flagrante por tráfico.
O delegado André Rigonato afirmou que as ações buscam responsabilizar os envolvidos e cortar o fluxo financeiro do grupo. “O objetivo é interromper o fluxo financeiro da facção criminosa e ampliar o alcance das ações repressivas contra o crime organizado em Mato Grosso”, disse. As análises do material apreendido continuam.
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