CONTRA PENA DE MORTE 02.10.2025 | 16h00

mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Josi Dias/TJMT
O presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador José Zuquim Nogueira, rebateu críticas feitas ao Judiciário em relação à soltura de criminosos presos e destacou que a atuação dos magistrados está vinculada às leis aprovadas pelo Poder Legislativo. No entanto, acredita que as leis podem ser repensadas. Ele ainda explanou que não defende a pena de morte por conta de sua religião e acredita que o sistema prisional deve ser melhorado para a recuperação dos internos.
“Nós do judiciário cumprimos regras, a lei, a lei é feita pelo legislativo e nós somos obrigados a cumprir a lei, se não praticamos ativismo judicial. Eu não diria que as leis são frouxas, elas devem ser repensadas, tem que ter efetividade, resultado, para que a sociedade, volte a acreditar no sistema de justiça. Nós temos que acompanhar isso, fazer transformação causa desconforto e há debates”, disse Zuquim durante entrevista coletiva nesta quinta-feira (2).
O desembargador também foi questionado sobre uma declaração do governador Mauro Mendes (União), que defendeu a adoção da pena de morte no Brasil. Em resposta, Zuquim ponderou que respeita a opinião do governador, mas se posicionou contrário à medida.
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“Eu respeito a opinião dele, mas eu sou católico, não podemos chegar a este extremo, mas respeito a opinião de cada um e o que ele pensa. Ele expôs países que aderiram a essa modalidade, mas eu acredito no cumprimento rígido do sistema prisional. Nossa legislação não pemite, nem prisão perpétua e nem a pena de morte, mas caso seja alterada teremos que obviamente nos prepararmos para isso”, citou.
Para o presidente do TJMT, o país já possui legislação adequada, mas é necessário garantir a aplicação efetiva das penas e promover melhorias dentro do sistema prisional.
“Nós temos penas boas, temos pé que melhora o sistema prisional, fazer com que o que cumpre a pena sem regalias, obviamente observando os direitos de cada um, a dignidade humana, mas o sistema tem que ser melhorado”, avaliou.
Zuquim ainda destacou a dificuldade de reinserção social de pessoas que cumprem medidas alternativas ou deixam o sistema penitenciário devido ao preconceito na sociedade, citando a exemplo os que saem das cadeias, mas usam tornozeleira eletrônica.
Contudo, o desembargador também chamou a atenção para o avanço do crime organizado, que, segundo ele, já se infiltrou em diferentes setores sociais. “Só através de união de esforços e de providências que realmente venha representar a inibição e a continuidade da do crime organizado vai surtir efeito”, afirmou.
As falas se deram durante a Conferência Recupera MT, que reuniu servidores, magistrados, promotores, policiais civis e autoridades do sistema de justiça para discutir estratégias de identificação, localização, apreensão, administração, alienação e destinação de ativos relacionados a infrações penais, com foco especial na descapitalização de organizações criminosas.
A conferência é fruto de uma articulação entre a Rede Nacional de Recuperação de Ativos – Recupera, vinculada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública, e instituições do sistema de justiça de Mato Grosso, como o TJMT (por meio da Corregedoria-Geral da Justiça e da Escola Superior da Magistratura – Esmagis-MT), a Polícia Civil (PJC) e o Ministério Público Estadual (MPE-MT).
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Léo Campos - 03/10/2025
Leis, este Cidadão não sabe o que lei, lei que o cara pega 50, 60 anos com 8 está nas ruas, ele engana os analfabetos, lei é em país de primeiro mundo que o cara mata e apodrece na cadeia só sai num caixão isso sim é lei, é um fanfarrão
Maria cleusa de Oliveira De Lai - 02/10/2025
Vocês tem do de bandidos enquanto não acontece em suas famílias tem matar principalmente esses que estuprar crianças matam mulheres mães de familias trabalhadoras.tem que castrar sem anestésico na cadeia mesmoe deixar sangrar ate morrer esses montros. Ta com peninha leva pra casa de vocês
2 comentários