'está sendo investigado' 18.09.2024 | 16h25
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução/Instagram
O governador Mauro Mendes (União) admitiu nesta quarta-feira (18) que houve falha do sistema prisional da Penitenciária Central do Estado (PCE) que permitiu que um preso comandasse e assistisse à execução das irmãs Rayane Alves Porto, 25, e Rithiele Alves Porto, 28, ocorrida em Porto Esperidião (325 km a oeste de Cuiabá), no último sábado (14).
Em entrevista à imprensa, o chefe do Executivo estadual foi questionado sobre o uso de celulares na PCE. Ele admitiu a falha e afirmou que a polícia investiga o caso.
“Com certeza houve falha, e está sendo investigado, de forma dura”, afirmou.
Na segunda-feira (16), o preso suspeito de envolvimento na morte das irmãs foi isolado na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá. Um procedimento também foi instaurado para apurar como ele conseguiu acesso ao telefone celular de dentro da prisão.
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Mendes ainda afirmou que os índices de violência não são altos apenas em Mato Grosso, mas em todo Brasil, reforçando que as leis são frouxas para diversos crimes.
“Nós temos índices maiores de violência do que alguns estados e menores que outros. Não somos os primeiros e nem os últimos. Na média, o crime no Brasil continua crescendo muito, então isso não é um problema de Mato Grosso, é um problema do país. As leis são frouxas, sim, em diversos crimes neste país”.
O governador falou sobre o medo da sociedade em fazer sinais com as mãos em fotos e afirmou que existem pessoas em Brasília que não levam a situação a sério.
"Isso é um absurdo o que está acontecendo no Brasil, as nossas leis frouxas estão permitindo isso. O bandido está amedrontando a sociedade e tem gente em Brasília brincando com isso, achando que nada está acontecendo. É um verdadeiro absurdo, as pessoas fazem um sinal de brincadeira e um bandido manda matar porque é um sinal da facção rival".
Mauro ainda ressaltou que o Código Penal Brasileiro não abrange a realidade atual da criminalidade no país.
"Vamos esperar virar um país do narcotráfico, como alguns países da América já viraram, mas não cabe a mim governador fazer lei, cabe a mim executar as ações do poder executivo. Tem que ter uma revisão no Código Penal de 1940, que está muito distante de ser um instrumento adequado para combater a atual realidade do crime no país”.
O crime
No dia do crime, as irmãs estavam acompanhadas de outros dois rapazes em uma festa. As 4 vítimas foram rendidas pelos criminosos e obrigadas a seguirem para uma casa na região central da cidade.
No imóvel as duas irmãs foram torturadas e mortas por meio de golpes de faca. Um dos rapazes também foi torturado, teve uma das orelhas e um pedaço do dedo cortado. Já o quarto jovem sequestrado conseguiu fugir e pedir socorro.
Conforme investigação inicial, o crime foi cometido em razão das irmãs terem tirado foto fazendo um gesto que supostamente fazia menção a uma facção rival dos autores.
Ao todo, cerca de 12 pessoas, entre adultos e menores de idade, já foram presos e apreendidos por participação no crime.
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Marlan - 19/09/2024
Se um País não consigue controlar os criminosos que estão presos. Como então controlar os que estão soltos. Eis a questao...
Paulo - 18/09/2024
Concordo que as leis são frágeis, a causa dos mercúrios do garimpo que a polícia federal pegou os chefes em MT ninguém foi prezo por que as leis são frágeis e a brechas ajuda pra tudo ficar blz
José - 18/09/2024
E tão estranho um governador ficar colocando culpa nas lei Cadê os parlamentares de Matogrosso para criar lei para endurecer contra as pessoas que comete crime e fácil ficar como vítima. Os parlamentares que e dar anistia
elias - 18/09/2024
cansado estou de ouvir o governador reclamar das leis do brasil, e as facções dominando nosso mt, poxa até quando iremos ouvir falacias, faz igual o governador de sp coloca a policia para trabalhar e evitar o que acontece aqui em nosso estado a morte de inocentes por um simples sinal poxa cadê nossa liberdade vivemos a mercê dos políticos corruptos e facções ate quando?
4 comentários