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Polícia - A | + A

marido perdeu cac por crime anterior 25.06.2025 | 17h31

Sem tiro acidental, vítima foi baleada deitada e tinha armas em seu nome, diz delegado

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Ana Júlia Pereira

redacao@gazetadigital.com.br

Reprodução

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O delegado Jean Paulo Nascimento, da delegacia de Nova Mutum (264 km ao norte de Cuiabá), descartou que o tiro que matou Roseni da Silva Karnoski, 52, na noite de terça-feira (24) tenha sido acidental. O marido da vítima, Valdecir Karnoski, 55, foi presdo e será indiciado por feminicídio. Ele estava com a licença de Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) negada e, por isso, as armas tinha registro no nome da vítima.

 

Em entrevista à imprensa local, o delegado afirmou que ao chegar na casa tentou entender o que havia acontecido, mas encontrou um local bastante confuso. A cena era incoerente com a história relatada pelo suspeito. 

 

“Ele mudou diversas vezes a versão. Em determinado momento falava que a vítima havia se baleado, em outro momento ele falava que ele estava manuseando a arma e efetuou um disparo acidental. O suspeito estava embriagado. Ao conversar com as testemunhas, todas relatam que ele se torna bastante agressivo quando está sob consumo de álcool”, detalhou o responsável pela investigação.

 

Segundo o delegado, em 2021, situação semelhante ocorreu quando o suspeito se irritou porque a esposa tirou carteira de habilitação sem permissão dele. “Na ocasião, ele efetuou um disparo de arma de fogo em direção a ela. Esse fato tem boletim de ocorrência registrado, tem processo, e já teve episódios anteriores de violência doméstica”, explicou.

 

O policial afirmou que o tiro disparado pela espingarda calibre 12 deixou o projétil alojado no abdômen da vítima, indicando que ela foi baleada ainda deitada.

 

Leia também - Mulher leva tiro em casa e morre; marido alega disparo acidental

 

“Os tiros na vítima estão localizados na região do peito, mas os projéteis se alojaram na região do abdômen, demonstrando uma trajetória angular descendente. O que indica que provavelmente a vítima estava deitada no momento em que recebeu o tiro”, relatou.

 

O delegado informou, ainda, que todas as armas estavam no nome de Roseni, pois o suspeito havia perdido sua licença de CAC. Por isso, fez com que a esposa tirasse uma licença no nome dela para que ele conseguisse acesso às armas.

 

“Ele é uma pessoa que sempre teve arma de fogo, ele entende bastante. Todas as armas apreendidas estavam em nome da vítima, porque o suspeito teve o seu CAC devido ao crime de violência doméstica. Então, ele fez com que a vítima retirasse as armas de fogo no nome dela e fizesse um CAC no nome dela”, alegou.

 

Para o delegado, a trajetória dos projéteis, as lesões na vítima, o histórico de agressões, um fato semelhante ocorrido em 2021 pesam para que o acusado seja indiciado pelo crime de feminicídio.

 

“A Gaus 12 é uma espingarda que não dispara fácil. Você tem que manobrar efetivamente para que o disparo aconteça e, como ele é um sujeito que vem manuseando arma há muito tempo, dificilmente produziria um disparo não intencional.

Diante desse cenário, eu resolvi fazer o flagrante dele pelo crime de feminicídio. No interrogatório, ele permaneceu em silêncio e agora eu vou representar pela prisão preventiva para que ele responda preso a esse processo”, finalizou.

 

Valdecir também possui passagem criminal por posse e porte ilegal de arma de fogo em 2020.

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Comentários

Wanderson - 25/06/2025

O oque da ter arma en casa .quem deve usar é polícia. Cidadão de bem não tem preparo .

1 comentários

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Os casos de contaminação de bebidas por metanol te fizeram parar ou reduzir o consumo de álcool?

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