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Política de MT - A | + A

Dois deputados são contra 12.05.2021 | 18h35

AL aprova moção de aplausos por mortes em favela do Rio

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Fabricio Rodrigues

Fabricio Rodrigues

A Assembleia Legislativa (AL) aprovou na sessão desta quarta-feira (12) uma moção de aplausos para os policiais civis do Rio de Janeiro que participaram de uma operação que terminou com a morte de 27 pessoas e um policial na favela do Jacarezinho, na última quinta-feira (6). A proposição gerou polêmica entre os parlamentares.


Com cerca de 50 pautas de interesse dos mato-grossenses na ordem do dia, os parlamentares ocuparam cerca de uma hora da sessão para discutir sobre o acontecimento que ocorreu no Rio de Janeiro, apesar da dimensão tragédia. A "honraria" aos policiais do Rio de Janeiro foi proposta pelo deputado Xuxu Dal Molin (PSC) e teve apoio de colegas como João Batista (Pros), Gilberto Cattani (PSL) e Elizeu Nascimento (PSL).

 

De acordo com a Polícia Civil da cidade carioca no dia da operação, 24 criminosos foram mortos. No entanto, a situação em que foram atingidas ainda não foi revelada. Batista, que defende a categoria de servidores do sistema penitenciário, esclareceu que a moção de aplauso não teve como objetivo comemorar as mortes, mas sim o combate ao tráfico de drogas e a explosão sexual infantil.

Leia também - Deputado de MT satiriza mortes em operação policial no Jacarezinho

 

Reprodução/CUT Brasil

Jacarezinho operação

 

"A moção de aplauso não é pelo fato das mortes que teve lá, mas pela ação que foi gerada por uma determinação da Delegacia da Infância e Adolescência, que depois de oito meses de investigação, apontou que os criminosos estavam utilizando crianças e adolescentes para o tráfico de drogas e para exploração sexual infantil", ponderou.


O sargento da reserva da Polícia Militar, deputado Elizeu Nascimento, foi outro a defender a ação policial. Na tribuna, o parlamentar direcionou críticas ao Poder Judiciário e disse que todas os mortos eram "marginais".


"Infelizmente nós temos algumas autoridades no Judiciário que tenta aproveitar da pandemia para poder evitar que a polícia faça seu trabalho. Só morreu vaga*** na favela do Rio de Janeiro, só marginal. A única pessoa de bem que morreu lá foi o policial. Só ele merece nosso respeito e o reconhecimento dessa Casa de Leis", disparou.


"O primeiro policial, ao sair do blindado, foi recebido à bala. Isso para nós é uma tragédia. Perdemos um herói. Da mesma sorte tivemos 29 pessoas mortas na operação policial, 29 marginais, se morasse no Rio de Janeiro estaria mais tranquilo. Fica aqui a nossa honraria", defendeu Cattani na tribuna.


Do outro lado da discussão ficaram Wilson Santos (PSDB) e Lúdio Cabral (PT). Indignado com a apresentação dos colegas, o petista disse que a operação foi um fracasso e matou pessoas inocentes que não eram alvos da investigação.


"É inaceitável que a Assembleia aprove qualquer moção de aplausos dessa natureza. Sob qualquer ponto de vista, isso foi uma operação desastrosa, fracassada e muito provavelmente criminosa. A ação terminou com 29 vítimas, ou seja, 23 pessoas que não eram objetos de qualquer investigação. Há corpos que ainda não foram identificados, 13 dos mortos não tinham qualquer relação com a investigação", criticou.


Wilson disse que o assunto não é novidade, embora seja considerada a operação policial mais letal da história do Rio. O tucano também aprovou o uso da fala para sugerir o fechamento das fronteiras com a Bolívia. "Essa é mais um, o problema da violência no Brasil eu não tenho a solução. No entanto, a sugestão seria as forças armas fecharem as fronteiras com a Bolívia para proibiram entrada drogas", finalizou.

 

Números oficiais

 

Segundo noticiado pela mídia carioca, foram mortos 27 homens na operação do Jacarezinho. 

 

Conforme a polícia do Rio de Janeiro, 27 mortos tinham antecedentes criminais e 25 tinham passagens pela polícia.

 

Um Policial Civil foi morto na troca de tiros, somando 28 mortos. 

 

 

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Comentários

Jony Barbosa - 12/05/2021

O Título e a matéria tentando polemizar. Os aplausos são para os policiais e não para as mortes.

1 comentários

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