AL instala Comissão de Ética contra Cattani por suposta homofobia

A Assembleia Legislativa instalou procedimento na Comissão de Ética contra o deputado Gilberto Cattani (PSL), que é acusado de fazer críticas homofóbicas contra a comunidade LGBTQI+ pelas redes sociais. O procedimento foi assinado no dia 23 de junho, mas só foi divulgado na quarta-feira (30). 

De acordo com o ato, a Comissão será presidida pela primeiro-secretário da Assembleia, Eduardo Botelho (DEM). O grupo terá como membros os deputados Dr. Gimenez (PV), Dr. João (MDB), Elizeu Nascimento e Delegado Claudinei, os dois do PSL.

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"A Assembleia Legislativa de Mato Grosso, no uso das atribuições do Regimento Interno, combinado com a Resolução, consolida os membros da Comissão de Ética Parlamentar do Poder Legislativo", cita o documento.

Cattani é acusado de praticar homofobia por publicar por meio do stories, recurso da rede social Instagram, uma imagem que dizia “Ser homofóbico é uma escolha. Ser gay também”. A publicação repercutiu negativamente e foi feita na semana em que era celebrado o Dia de Combate à Homofobia, em 17 de maio.

Após a publicação, o Ministério Público Estadual (MPE) entrou com procedimento investigatório contra o parlamentar. A ação foi representada pelo promotor de Justiça, Henrique Scheneider, a pedido do Grupo Livremente, que atua na defesa dos direitos da população LGBTQI+.

No dia 26 de junho, a Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB-MT) também se manifestou por meio de um oficio exigindo que a Casa de Leis investigasse o deputado por quebra de decoro parlamentar.

Durante a sessão extraordinária desta quinta-feira (30), os deputados aprovaram o requerimento do deputado Lúdio Cabral (PT) que cobrou respostas sobre o pedido feito pela OAB.

"Não basta criminalizar a discriminação, ela precisa deixar de existir, pois ela rompe com os traços que marcam a humanidade e passam a se constituir em um comportamento que se afasta da racionalidade", escreveu o petista no documento.