DEU EM A GAZETA 15.01.2023 | 07h46

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Agência Brasil
Considerado o pior atentado político da história do Brasil, os ataques aos três Poderes da República, no último dia 8 de janeiro, em Brasília, é marcado como uma mancha na democracia brasileira, readquirida em 1988, depois de 21 anos de ditadura militar. A ofensiva, organizada, financiada e executada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ao Congresso Nacional, Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal (STF) é um ineditismo jamais visto nem nos anos em que a soberania popular foi tomada à força como o golpe de 1964.
Com a leniência do governo do Distrito Federal (GDF), pelo governador afastado, Ibaneis Rocha (MDB), conforme o Superior Tribunal Federal (STF), aproximadamente dois mil manifestantes golpistas, armados com paus e pedras e vestidos de “patriotas”, invadiram as três sedes do poder por não aceitarem a derrota do ex-presidente para Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que voltou à chefia do Executivo federal após 12 anos. O resultado foi um dano material ainda não totalmente contabilizado e uma tentativa frustrada de um golpe de estado.
Sem sucesso. Os terroristas foram retirados dos prédios e 1.398 pessoas foram presas por participarem das depredações ou que estavam no acampamento bolsonarista sem conseguir que o “capitão”, o qual assiste tudo de uma mansão nos Estados Unidos, voltasse ao poder.
Para o professor, historiador e mestre em História pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Suelme Evangelista Fernandes, a tentativa de um golpe de estado por parte dos bolsonaristas é reflexo da pouca “experiência” que o brasileiro tem com governos democráticos. Ao jornal A Gazeta, ele disse que a sociedade ainda vai demorar para se acostumar com governos republicanos e não descarta outras tentativas de golpes de estado.
‘Nós, praticamente, estamos engatinhando quando se fala em processo democrático. Ainda vai levar um longo tempo para que a gente possa consolidar isso como valores definitivos da nossa sociedade, da nossa República. Então, vamos sofrer o tempo todo com essas fragilidades em função de uma sociedade que tem uma cultura política autoritária desde a sua origem”, opinou o historiador à reportagem.
Suelme ainda lembrou que o processo de proclamação da República foi conturbado e ocorreu após um golpe do Exército Brasileiro (EB). Para ele, esses comportamentos estão enraizados na cultura. O historiador ainda explicou que apenas a educação poderá dar esse salto de civilização para que o Brasil tente se aproximar dos países europeus.
“O Exército deu um golpe para construir a República. A nossa relação com o autoritarismo, com todas essas posições mais conservadoras elas são estratos e substratos de uma origem, de um Brasil colonial que ainda não conseguiu internalizar os valores civilizatórios do mundo. Nós estamos em uma caminhada para nos tornarmos democráticos.
Até 1985 nós vivíamos em uma ditadura. Essa experiência do voto livre e universal surgiu em 1989 com a 1ª eleição. Nós temos muito que aprender no tocante aos valores civilizatórios e democráticos não é apenas uma Constituição que garante isso é toda uma cultura política que está estabelecida de forma enraizada nas origens do país que nós ainda não superamos nosso passado colonial escravista”, completou.
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julio cesar - 16/01/2023
O MELIANTE PAI DOS POBRES MAS UMA VEZ DE O XEQUE MATE ASSALARIADO VAI IMPOSTO DE RENDA E OUTRAS ABERRAÇÕES DITATORIAL,E O PAIS CAMINHA P O CAOS GRAÇAS AOS IMBECIS VOTARAM.ALERTA AOS CORRENTISTA QUE TEM POUPANÇA,APLICAÇÃO CORRE O RISCO DE SER CONFISCADO,PARCELA DE GÊNIOS.
Paulo Henrique - 15/01/2023
Acorda professor. Só você não percebeu que estamos numa ditadura? Inocente!!!
2 comentários