vítima violentada 27.08.2025 | 11h30
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Câmara de Cuiabá
Enquanto o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) aproveitou a polêmica envolvendo a vereadora Maysa Leão (Republicanos), que foi acusada de expor uma adolescente durante audiência pública na Câmara Municipal que debateu a violência sexual contra mulheres e crianças, para pedir punição à parlamentar, a deputada Janaina Riva (MDB) e o deputado Lúdio Cabral (PT) saíram em sua defesa.
Segundo ele, é preciso que a Casa Legislativa deveria tomar providências, e que seu gabinete irá protocolar tais pedidos na Câmara de Cuiabá e no Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). “Eu tenho certeza que ela errou, até porque uma menor não pode ser exposta da maneira como foi”, disse.
Já Janaina afirmou que não pode sacrificar a vereadora pelo fato da adolescente ter falado durante a audiência, que havia sido abusada pelo tio e pelo pai.
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“Isso foi um momento de falha naquele momento. A menina quis falar e a gente não pode de condenar a Maysa por isso. Muito maior é o trabalho que ela tem feito de proteção para as mulheres, muito maior é a contribuição que ela tem dado não só para a Câmara Municipal de Cuiabá, mas para o Estado de Mato Grosso, na defesa de todas nós”, disse a deputada.
Riva diz que isso foi apenas um erro pontual, que precisa ser corrigido para o futuro, para que não aconteça mais de ser utilizadas menores. “Agora eu não vejo que a vereadora fez isso com qualquer intenção de prejudicar ninguém. Ao contrário, fez com a intenção de demonstrar que até as meninas e crianças estão sendo violentadas e agredidas e todos nós estamos de braços cruzados”.
O deputado Lúdio Cabral lembrou que audiência pública é um espaço aberto para a sociedade falar, inclusive adolescentes, e rechaçou quererem igualar o caso com o do prefeito Abilio Brunini (PL), que expôs adolescentes a ciberbullyng, após gravar vídeos ridicularizando estudantes de uma escola pública estadual, alegando que não sabia realizar operações matemáticas simples.
“É diferente da exposição provocada, nociva, em ambiente escolar, que foi que o Abilio fez. A extrema-direita quer equiparar para confundir a população”, disse.
A audiência pública ocorreu no dia 16 de agosto e foi transmitida ao vivo pelo YouTube. Após a repercussão da adolescente, o vídeo foi apagado pela Câmara. A jovem que participou e faz o depoimento é acompanhada pela ONG Lírios, que atua no combate a violência sexual de menores e mulheres. Ela estava acompanhada de uma assistente social da ONG.
“Fui abusada aos 5 anos pelo meu tio e depois pela pessoa que acreditava que me daria suporte, meu pai. Mas hoje sou grata pela ajuda psicológica que recebi, que me tornou mais forte para poder cuidar da minha filha”, disse a jovem na ocasião.
A vereadora Maysa Leão afirmou que procurou se informar após o depoimento e foi informada que ela tem autorização da Ong para falar de sua experiência. Durante a audiência estavam presentes uma representante do Ministério Público, uma representante da Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente e a secretária Municipal da Mulher, a tenente-coronel Hadassah Suzannah.
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