Publicidade

Cuiabá, Domingo 14/09/2025

Política de MT - A | + A

RETROSPECTIVA 28.12.2022 | 11h35

De favorito ao Senado, Neri Geller termina cassado pelo TSE

Facebook Print google plus

Chico Ferreira

Chico Ferreira

Quem apostasse em janeiro deste ano em quem seriam os favoritos para vencer as eleições gerais de outubro, o nome do deputado federal Neri Geller (PP) seria um dos primeiros lembrados. Porém, o ano termina com o parlamentar com o mandato cassado e derrotado na disputa ao Senado.  

 

Do céu ao inferno, Neri ainda pode salvar o seu ano com uma indicação ao Ministério da Agricultura no futuro governo do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Ele é cotado para ministro como também para ocupar algum cargo de segundo escalão na Pasta.  

 

Geller começou o ano com uma ampla frente de apoio para a sua candidatura ao Senado. Além do PP, defendia o seu nome o PSD do senador Carlos Fávaro, e o MDB do deputado Carlos Bezerra (MDB). Além disso, a maioria dos deputados estaduais defendiam o seu nome como candidato na chapa do governador Mauro Mendes (União).  Até o início de março, a candidatura de Neri Geller estava consolidada.

 

Porém, o fator presidente Jair Bolsonaro (PL), iria mudar tudo. Primeiro, o presidente que estava sem partido desde 2019, iniciou as tratativas com o PP e PL para sua filiação. Com a decisão de ingressar no PL, Bolsonaro automaticamente fortalecia a candidatura do senador Wellington Fagundes (PL), que acabou sendo reeleito.  

 

O jogo começou a mudar ainda mais após o ex-senador Cidinho Santos (PL), iniciar uma articulação para aproximar Bolsonaro e Mauro Mendes. Após uma reunião em Brasília com o presidente nacional do PL, Valdemar da Costa Neto (PL), meio caminho foi trilhado.   Bolsonaro visitou Cuiabá e ali selou uma aliança com Mauro Mendes e tendo Fagundes na mesma chapa.

 

Diante disso, Neri Geller e Carlos Fávaro decidiram pressionar o governador, que disse que só decidiria mais adiante.   Mendes queria tempo para impedir uma candidatura bolsonarista no Estado ao governo, e, ao mesmo tempo tentar manter a base unida.

 

Contudo, Fávaro e Neri iniciaram uma conversa nacional para se aproximar da candidatura de Lula, já que sabiam que pressentiam que não teriam espaço na chapa do governador.  Mendes chegou a cogitar uma chapa só com ele ao governo e candidaturas avulsas ao Senado. Pórem, o PL não aceitou.

 

Diante disso, ele decidiu apoiar Bolsonaro rompendo assim com o PSD e PP.  A primeira baixa de Neri foi a saída do MDB de sua aliança. A sigla não cumpriu o acordo e decidiu ficar com Mauro Mendes e consequentemente apoiar Wellington Fagundes indiretamente.  

 

Depois, Neri sofre o maior golpe já no início da campanha. No dia 23 de agosto, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou, por unanimidade, o mandato do deputado federal Neri Geller (PP) por abuso de poder econômico nas eleições de 2018. Além disso, a Corte Eleitoral o deixou inelegível por 8 anos. Ele recorre até hoje da decisão.  

 

Após a sua cassação, o Ministério Público Eleitoral (MPE), ingressa com a impugnação do seu registro de candidatura. Nessa altura, ninguém sabia se Neri seria candidato ou não, o que prejudicou os apoios e o financiamento de campanha.  No dia 12 de setembro por 4 a 3 o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), manteve o seu registro de candidatura. Porém, o MPE recorreu ao TSE que acatou o recurso e  indeferiu o registro.  

 

Geller conseguiu um efeito suspensivo e disputou sub judicie, totalmente prejudicado com as batalhas jurídicas. Terminou as eleições em terceiro lugar com pouco mais de 300 mil votos que não foram contabilizados.  

 

A ação que cassou Neri é referente a eleição de 2018. Ele é acusado de ter realizado realizado triangulação financeira com o seu filho, para financiar sua campanha com recursos de fonte vedada.  

 

Neri Geller é  o segundo representante da bancada federal desta legislatura a ser cassado.  Em 2019, a juíza aposentada Selma Arruda foi cassada por unanimidade pelo TRE de Mato Grosso por caixa 2 e abuso de poder econômico.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

O ano de 2000, além da virada do milênio, marcou a votação totalmente eletrônica no Brasil, contudo ainda há quem queira a volta da cédula impressa. Você prefere qual?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Domingo, 14/09/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.