deu em a gazeta 31.08.2023 | 07h07
pablo@gazetadigital.com.br
Chico Ferreira
Sem criatividade para buscar polêmicas que possam colocá-lo em evidência, o deputado estadual Gilberto Cattani (PL) decidiu copiar o projeto de lei da Câmara de Vereadores de Porto Alegre, já considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para instituir o dia 8 de janeiro como o ‘Dia do Patriota’ em Mato Grosso.
Data que ficou marcada pelos ataques antidemocráticos na Praça dos Três Poderes que culminaram com a invasão e depredação dos prédios do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e do STF. Ação foi promovida por eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não aceitavam a derrota para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
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No projeto apresentado durante a sessão de quarta-feira (30), o deputado culpa imprensa pela ‘falta de patriotismo’, citando o falecido Olavo de Carvalho, conhecido como ‘guru do bolsonarismo’ “O Brasil hoje enfrenta um perigoso processo de extinção do que é seu Patriotismo. São diversas as vanguardas de ataque: a mídia, o ensino, as entidades globalistas, as universidades, a cultura militante”, diz trecho do documento.
O projeto deverá ser arquivado pela Assembleia Legislativa, já que a Procuradoria Geral da República (PGR) ingressou com uma Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, questionando a lei de Porto Alegre. O ministro do STF, Luiz Fux, acatou o pedido de tornou sem efeito a lei do município. Em sua decisão, ele afirmou que a Lei aprovada faz apologia de atos criminosos.
“O dia 8 de janeiro não merece data comemorativa, mas antes repúdio constante”, diz trecho de sua decisão. “A presente proposição visa criar um marco temporal e estabelecer como data pública, para que se rememore por gerações e gerações, os grandes feitos que a união das pessoas de bem, ordeiras, verdadeiros patriotas, em prol de uma nação, é capaz de fazer, deixando registrado na história e cultura, sobre tudo de Mato Grosso, o grandioso movimento Pró-Brasil realizado, em especial, nesta data, por verdadeiros patriotas que não querem nada além de um país melhor”, justifica Cattani.
Para ele, “a sociedade civil desarticulada e sem consciência ampla é vulnerável a mutações históricas que, induzidas do exterior ou forçadas por grupos de ambiciosos intelectuais avistas. Apagam-se do dia para a noite a memória dos sucessos e falseia-se por completo a imagem do passado. Não há cultura doméstica, tradições nacionais, símbolos de continuidade familiar”.
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