Durante manifestação, prefeitos apostam em retorno de Bolsonaro à presidência

Abilio Brunini (PL), e Flávia Moretti (PL), prefeitos em Cuiabá e Várzea Grande, respectivamente, ao participarem do manifesto pró-Bolsonaro, no fim da tarde deste domingo (3), na Praça 8 de abril, entonaram o coro a candidatura do ex-presidente em 2026 para ‘mudar a história do país’.

Bolsonaro está inelegível por 8 anos, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ou seja, não pode disputar o pleito do próximo ano, somente em 2030.

Mesmo com o quadro desfavorável a Jair Bolsonaro, os gestores municipais das duas maiores cidades do estado, afirmaram estarem confiantes num retorno do político em 2026, e rechaçaram a possibilidade de qualquer outro nome pelo campo da direita na disputa do ano que vem.

Ao discursar frente aos apoiadores presentes na praça, o prefeito de Cuiabá disse que a situação econômica do país não atravessa uma boa fase, embora o número de desempregados atingiu o menor patamar em 13 anos. Abilio citou o preço de alimentos básicos e outros itens para justificar seu pensamento, e garantiu que no próximo ano o povo ‘dará resposta nas urnas’.

“Nós estamos aqui hoje, porque nosso país não está certo. As coisas não estão funcionando bem, o café está caro, a gasolina está cara, a picanha está cara. Essa manifestação só não é maior pelo medo do povo com as retaliações. O povo tem medo da perseguição que estamos passando, mas nas urnas esse povo vai mostrar de que lado está”, disse o prefeito.

A prefeita de Várzea Grande foi mais entusiasta e puxou coro para a candidatura de Bolsonaro. Citando indiretamente as pesquisas de intenções de votos que mostram Lula em 1º lugar, a gestora bolsonarista afirmou que assim com nas eleições do ano passado em que alguns candidatos do partido em Mato Grosso ‘viraram a chave ‘ e se elegeram, o mesmo correrá com Bolsonaro.

“2026 já acontece, se 2024 eu e Abilio conseguimos virar a chave em Cuiabá e Várzea Grande, agora é a hora. 2026 já começou é a hora da liberdade, é hora da gente gritar, teu grito de liberdade, porque agora que nós temos que gritar por todos nós e pelo nosso capitão, pelo nosso Bolsonaro. Estou louca para ir pedir voto, estou louca para ir para campanha, estou louca para gritar Bolsonaro 2026 e que ele venha. Se nós dois, em Cuiabá e Várzea Grande, conseguimos virar, podemos virar a história do Brasil em 2026”, anunciou.

Em junho de 2023, o TSE tornou Bolsonaro inelegível por oito anos, por entender que ele cometeu abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação, ao reunir embaixadores, em julho de 2022, para atacar, sem provas, o sistema eleitoral.

Meses depois, o ex-presidente foi condenado novamente à inelegibilidade pelo TSE, desta vez por abuso de poder político e econômico durante as cerimônias do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022, durante a campanha eleitoral.

As duas condenações não se somam, ele permanece inelegível por oito anos a partir de 2022, ou seja, só poderá voltar a disputar uma eleição em 2030.