deu em a gazeta 30.05.2023 | 07h33
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Chico Ferreira
Engenheiro responsável pelo Consórcio Construtor BRT, Gustavo Garoli Cardoso, era o líder do concorrente derrotado durante a disputa de lances verbais no pregão que definiu a vencedora da licitação para a construção do BRT (Ônibus de Rápido Transporte) em Cuiabá e Várzea Grande.
A informação foi anexada às denúncias encaminhadas aos Ministérios Públicos Federal e Estadual - MPF e MPE de supostas irregularidades no contrato entre o governo do Estado e a empresa Nova Engevix, responsável pela implantação do modal em substituição ao abandonado do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT).
Gustavo era funcionário da Paulitec Construções, que liderava o Consórcio Mobilidade MT, derrotado na disputa com o consórcio que ele é responsável. Conforme a escritura pública de ata notarial, Garoli atuou pela Paulitec entre setembro de 2019 e maio de 2022, período que foi responsável por elaborar a proposta para a concorrente do Consórcio Construtor BRT. O pregão público ocorreu no dia 17 de março do ano passado.
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O valor da licitação do governo Mauro Mendes (União) foi de R$ 480.500.531,82, montante exato que o consórcio liderado por Gustavo apresentou. Porém, o consórcio vencedor apresentou uma proposta de R$ 480 milhões. Ao abrir para os lances livres, sempre que Gustavo apresentava um valor menor, o Consórcio Construtor BRT reduzia a sua oferta até se sagrar vitoriosa pelo valor R$ 468.031.500.
A suspeita da Prefeitura de Cuiabá, que é contra a extinção do VLT, é que tanto a Paulitec e a Nova Engevix, que comanda a obra do BRT, teriam ligações comerciais, o que impediria que elas disputassem o mesmo processo licitatório, ainda mais, sendo as únicas concorrentes. A prova seria a participação de Gustavo Garoli nas duas empresas, como gerente de Contratos e Obras da Nova Engevix.
As obras do BRT já estão sendo executadas em Várzea Grande, na avenida da FEB, há pelo menos dois meses. Os trilhos por passariam o VLT foram retirados e estão sendo substituídos para adequar ao BRT. Em Cuiabá, as obras não foram iniciadas por disputa judicial entre o prefeito Emanuel Pinheiro e o governador Mauro Mendes.
O chefe do Palácio Paiaguás disse recentemente que em junho está previsto o início da construção do BRT na Capital.
Outro lado
Procurado, Gustavo Garoli afirmou que não tem conhecimento do procedimento investigatório criminal (PIC) sobre o caso, e que por isso não tem como se manifestar sobre a denúncia. “Tão logo eu tome conhecimento eu responderei”, disse
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