Deu em A Gazeta 08.08.2019 | 08h09
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João Vieira
Sete meses após ter solicitado ao Ministério Público de Mato Grosso as duas placas Wytron para usá-las em operações de inteligência, a Secretaria de Estado de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp-MT), gastou R$ 1,2 milhão para ampliar o próprio sistema de interceptação telefônica que já tinha adquirido desde 2005 para uso da Polícia Civil de Mato Grosso.
O investimento milionário em 2010, durante o governo Silval Barbosa, ocorreu mesmo com a cessão de duas placas Wytron para ‘auxiliar investigações no interior do Estado, uma vez que o sistema disponível à época não alcançava todo o território mato-grossense’, segundo declarações do atual secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamante.
Trecho da publicação no Diário Oficial na época diz que o sistema é para ‘prestação de serviços de ampliação do sistema de interceptação telefônica (sistema guardião), para as macrorregiões, conforme Termo de Referência, proposta de preços e demais documentos do processo de Inexigibilidade de Licitação. O valor total do presente contrato é de R$ 1,2 milhão’, diz trecho do DO assinado pelo então secretário de Justiça e Segurança Pública, Diógenes Curado.
Na época, Bustamante era adjunto da pasta e assinou o termo de cooperação com o Ministério Público para usar as duas placas. A revelação foi feita pelo atual procurador-geral de Justiça, José Antônio Borges, que determinou a apuração das acusações feitas pelos militares envolvidos na grampolândia pantaneira. Os militares alegam que essas duas placas foram dadas pelo ex-procurador-geral Paulo Prado para que os primos Pedro e Paulo Taques iniciassem o escritório clandestino de interceptações para monitorar adversários políticos e desafetos a partir das eleições de 2014.
Bustamante disse ainda, em nota a imprensa, que está apurando se as duas placas foram devolvidas ao Ministério Público, já que a cessão inicial era de 6 meses, podendo ser aditadas pelas ambas as partes.
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