cpmi 'não acabará em pizza' 10.09.2025 | 13h56
allan@gazetadigital.com.br
TV Vila Real
O senador Wellington Fagundes (PL) classificou como “safadeza” os desvios bilionários que atingiram aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) e garantiu que a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), instalada para apurar o caso, não acabará "em pizza". Os descontos indevidos ocorreram por anos até serem descobertos e agora vítimas estão sendo ressarcidas. Valores chegam a R$ 6,3 bilhões, entre 2019 e 2024.
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O apontamento foi feito durante entrevista ao Jornal do Meio Dia, da TV Vila Real (canal 10.1), na segunda-feira (8). “Essa eu tenho certeza que não será uma CPI de pizza. A pouca-vergonha tomou conta, a safadeza entrou e agora nós vamos fiscalizar e achar cada um que roubou, seja sindicato, seja pessoa física, seja quem for”, declarou.
Além dos empréstimos consignados fraudulentos contratados sem consentimento dos beneficiários, a CPMI investigará descontos indevidos em benefícios previdenciários feitos por sindicatos e associações.
Segundo Fagundes, já existe “gente grande envolvida” nos desvios, inclusive com pedidos de prisão encaminhados. Ele destacou que a atuação da CPMI vai além das denúncias contra sindicatos e associações e deve atingir também o sistema financeiro.
“Já tem denúncia de que o sistema financeiro está envolvido com os fundos do crime organizado. Isso é tomar o Brasil, é uma grande lavanderia. Quem sofre é o cidadão, porque o Estado está sendo tomado pela bandidagem”, disparou.
O parlamentar ainda alertou que os esquemas investigados pela CPMI podem comprometer seriamente a sustentabilidade da Previdência Social. Segundo ele, ao desviar recursos dos aposentados e pensionistas e tentar devolver valores com recursos do próprio INSS, o governo corre o risco de esgotar fundos essenciais, aumentando a pressão sobre o sistema previdenciário.
“Quando fraudes como essas se multiplicam, não é apenas o bolso do aposentado que sofre, mas toda a estrutura que garante o pagamento de benefícios futuro... Esse governo quer devolver o dinheiro do aposentado com o próprio recurso do INSS. Isso pode quebrar a Previdência brasileira. Quem pagou 30, 40 anos, hoje tem a intranquilidade de não saber se vai receber amanhã. Isso é cruel e revoltante”, disparou.
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