FIM DA SANTA CASA? 17.09.2025 | 08h40
fred.moraes@gazetadigital.com.br
Fred Moraes / GD
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), adotou um tom misterioso ao tratar do Hospital Santa Casa, que pode ser encerrado a qualquer momento, já que não recebeu nenhum lance no leilão em 28 de agosto. Mesmo com deputados e o próprio secretário de saúde, Gilberto Figueiredo (União), anunciando que o Executivo Estadual trabalhava com a ideia de manter o hospital, Mauro demonstrou certo descompasso a ideia.
Em entrevista à imprensa, o governador disse que existem apenas estratégias quanto a manutenção do hospital, mas evitou anunciá-las por não estarem ‘maduras’ o suficiente. Ele lembra que o ‘sigilo’ quanto suas articulações sempre fez parte do governo, citando trabalhos como a BR-163, que hoje o governo administra por meio da Nova Rota Oeste, e o Hospital Central, reconstruído após 30 anos.
“Como sempre o governador trabalhará com estratégia, e estratégia você implementa ela, não sai contando elas, assim como fizemos com a BR-163, o Hospital Central. Não é que não temos o dever de contar, é que elas não estão maduras suficientes. Eu não sou aquele tipo de político que pensa uma coisa e sai falando pelos cotovelos. A gente pensa, tem estratégia, mas planejamentos a seguir para depois anunciar”, disse Mauro nesta terça-feira (16).
O governador ainda disse que, se o governo anunciasse cada ideia que ele tem por dia, a opinião pública e a imprensa ficariam confusas, já que elas mudariam com frequência. No entanto, pontuou que boa parte dos serviços ofertados pela unidade hoje, serão realocados ao Hospital Central, sem prazo de inauguração.
“Eu penso por dia, 10 a 15 coisas, se eu anunciasse pela imprensa, todo dia iria mudar. Estamos trabalhando com um plano A, plano B e plano C. Eu já disse que nós temos estratégias, fechar ou não, é algo a pensar. Os serviços que tem lá serão migrados ao Hospital Central”, emendou.
Mauro usou uma analogia para comparar a situação do Santa Casa com o Hospital Central citando uma escolha quanto ‘casa nova e casa velha’. Por mais que haja um apego sentimental ao Santa Casa, não faz sentido manter as duas unidades operando.
“É igual morar em casa velha e depois dizer que você vai mudar para uma casa nova, mas você tem um valor sentimental muito grande pela antiga e decide morar nas duas, quem faria isso?”, disparou.
Como mostrou o , com edital aberto ainda em julho para lances, o prédio do Hospital Santa Casa foi a leilão em 27 de agosto, para tentar quitar dívidas trabalhistas. O prazo judicial para a compra do imóvel terminou sem nenhuma proposta, seja da União, do Estado, do município ou de pessoas físicas e jurídicas. O valor pedido pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), estabelecia valor mínimo de R$ 54,7 milhões, correspondente a 70% da avaliação de R$ 78,2 milhões, com prazo final que se encerrou no dia 28 de agosto.
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