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usada para 'extorquir' homens 23.09.2024 | 11h11

Janaina repudia fala de deputado sobre medida protetiva e quer retratação

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Pablo Rodrigo, Yuri Ramires e Vinicius Mendes

redacao@gazetadigital.com.br

JLSIQUEIRA / ALMT

JLSIQUEIRA / ALMT

Presidente em exercício da Assembleia Legislativa e presidente da Procuradoria da Mulher da AL, deputada Janaina Riva (MDB), repudiou a fala do colega de parlamento, Hugo Garcia (Republicanos), onde ele classificou que algumas pessoas usam a medida protetiva para “extorquir” os maridos. Riva espera ainda uma retratação.

 

“Quando um homem, em um cargo público, coloca em xeque os mecanismos existentes de proteção à mulher em um dos estados que mais mata mulheres no país, fragiliza ainda mais todo um sistema que já é muito aquém do ideal para fazer brecar a violência de gênero, punir agressores e os feminicídios”, disse Janaína em nota.

 

Ela afirmou ainda que o colega foi “muito infeliz” na fala e espera que ele se retrate. “Tivemos um exemplo recente dentro do parlamento de que a violência contra a mulher precisa ser combatida em todas as frentes porque não escolhe classe social, cor da pela ou credo. Como representantes da população é nossa obrigação garantir esses meios de combate”, finaliza.

 

Denunciado por violência doméstica  

Conforme apurou a reportagem do , em dezembro de 2023, a mulher contou à polícia que sofreu violência física e verbal por parte marido, deputado Hugo Garcia,com quem ficou casada por 21 anos e teve dois filhos. Ela ainda disse que pediu o divórcio, mas que ele fez ameaças.

 

A ex-mulher conseguiu uma medida protetiva. Após 8 meses da medida em vigor, em agosto deste ano, ela procurou a delegacia novamente para denunciar Hugo. Dessa vez, ele teria proferido ameaças contra a mulher, dizendo que “iria acabar com a vida dela”.

 

Foi relatado ainda que ele ligou para ela, inclusive, no momento em que ela registrava o caso na delegacia.

 

Em entrevista aos jornalistas Antero Paes de Barros e Michely Figueiredo, na manhã de segunda-feira (23), o parlamentar foi questionado sobre a denúncia de violência doméstica que sua ex-esposa fez contra ele.  

 

“Fui casado 21 anos com a minha antiga esposa, (...) e a gente se separou no final do ano. Ela fez uma medida protetiva falando de violência psicológica, violência financeira, tudo aquelas coisas que colocam. Ela foi à delegacia, pediu, eu entendo o porquê que ela fez isso no momento, porque ela estava querendo se separar e a gente estava naquela discussão (...) e ela, para poder levar os filhos e até não ter um problema de eu acusá-la de sequestro dos meus filhos, ela tinha que fazer essa medida protetiva, foi uma alternativa que ela usou”.  

 

Ele alegou que chegou a um acordo com a ex-esposa e afirmou que ela já retirou a medida contra ele “10 minutos” depois de se acertarem. Ele afirmou que existem mulheres que utilizam a medida para “extorquir” os maridos.  

 

“É uma pessoa que tem medida protetiva, assina um acordo agora, 10 minutos depois vai lá e tira, então assim, essa lei eu acho que tem que ser levada muito à risca, mas tem pessoas usando ela de uma forma muito errada, sabe? Tem pessoas se aproveitando disso e extorquindo os maridos, então tem que se analisar bem o que está sendo feito, porque a palavra da mulher é a palavra da mulher e acabou, se ela falar que eu bati nela e eu não relei a mão nela, eu fico preso, é isso”.  

 

Dirigindo bêbado

Menos de uma semana após ser empossado como deputado, Hugo foi preso durante uma blitz da Lei Seca em Cuiabá. De acordo com o boletim de ocorrências, o fato ocorreu por volta das 3h de domingo (22) na avenida Beira Rio.

 

Policiais relataram que Hugo conduzia o veículo e foi flagrado trocando de lugar com sua namorada. Na abordagem os militares verificaram que ele apresentava sinais de embriaguez e recebeu voz de prisão em flagrante.  

 

À Rádio Cultura FM, o deputado negou que tenha sido preso, afirmou que apenas foi “conduzido à delegacia”, porém confirmou que pagou fiança para ser solto. Ele defendeu a versão de que não estava dirigindo e disse que as acusações contra ele terão que ser comprovadas.  

 

“Eu fui conduzido à delegacia porque não quis fazer o teste do bafômetro, eu não sou obrigado a fazer. Fui conduzido, paguei a fiança, saí, deu tudo certo (...). Falar todo mundo fala, vamos ver se eles conseguem provar (...). Eu não troquei de lugar com a minha namorada. Ela não bebe, por que é que vou eu dirigir se ela não bebe? Eu posso ter todos os defeitos, mas louco a gente não é”.

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