FEMINICÍDIO EM PAUTA 01.09.2025 | 10h06
fred.moraes@gazetadigital.com.br
JLSIQUEIRA / ALM
O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, deputado estadual Júlio Campos (União), desacredita que a deputada estadual Edna Sampaio (PT), conquiste uma última assinatura para impor no Legislativo sua Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), mas desacredita também na efetividade da Comissão Temática, que deve ser instaurado na Casa.
Em entrevista ao , Júlio teceu críticas aos 6 colegas de parlamento por retirarem suas assinaturas do requerimento da CPI, por uma suposta ‘pressão’ do governo, afirmando que põe em cheque a autonomia do Legislativo. No entanto, revela que ele foi um dos sete nomes que manteve assinatura.
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“Eu acho que é muito ruim isso. Demonstrou a falta de autonomia do modelo legislativo. É uma pena que alguns colegas nossos, por pressão, talvez, da Casa Civil ou do governo, resolveram o retirar a assinatura com medo de alguma coisa que não é o que estava previsto. Então, houve essa falha e agora precisa de uma assinatura. Não acredito que vai conseguir uma assinatura tão fácil. Comigo ninguém falou nada disso. Sempre respeito. Eu assinei todas as CPIs, nunca retirei. E não iria retirar porque não tinha sentido”, disparou o deputado.
Júlio ainda acredita que sem CPI, a Assembleia não conseguirá efetivamente debater pontos sensíveis do tema, mesmo com a Comissão Temática, por ser menos abrangente e não ter os mesmos direitos da investigação, como acesso a documentos e ações do governo.
“Agora, essa coisa comissão temática pouco resolve, né? Não chega ao âmago da questão. É difícil. Mato Grosso está uma vergonha. É o campeão do feminicídio no Brasil, proporcionalmente. Se tem que haver a mudança na legislação, eu acredito que é na hora de começar a fazer o plebiscito, para talvez implantar pena de morte, ou prisão perpétua”, finaliza.
Como mostrou o , na última semana a CPI do Feminicídio tomou os corredores na Assembleia. Proposta pela deputada Edna ainda em 20 de agosto, a comissão investigaria quase ações o governo tem tomado para debater o tema, diante das quase 40 mortes de mulheres em apenas oito meses. No início, Edna conseguiu alcançar 13 assinaturas, mas assim que o governo tomou conhecimento exigiu que deputados ligados à base governista retirassem apoio, derrubando para 7 assinaturas, impossibilitando os trabalhos, já que o número mínimo pedido é de 8.
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