cenário político mudado 08.12.2025 | 08h15
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JL Siqueira / ALMT
A deputada estadual e pré-candidata ao Senado, Janaina Riva (MDB), voltou a afirmar que o MDB não tem as portas fechadas para nenhum tipo de aliança para 2026, dando a entender que poderá flexibilizar o discurso e manter o MDB no centro, e não mais dar uma guinada à direita.
A declaração ocorreu após a parlamentar ter sido fotografada com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro (PSD), durante um evento no fim de semana. Questionada se tem mantido diálogos com o PSD, Janaina disse que continuará buscando o melhor alinhamento para o seu projeto ao Senado.
“Na política, eu tenho que procurar qual é o melhor alinhamento para minha eleição. Eu já apoiei o Bolsonaro nas últimas eleições. Isso não quer dizer que isso vai acontecer agora, até porque tudo indica que ele não deve ser candidato. Então, agora é um novo momento político e eu vou fazer os alinhamentos que forem necessários para minha vitória”, disse nesta quarta-feira (3).
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Ao deixar o caminho aberto para alianças com qualquer partido, Janaina muda o discurso adotado desde 2022, quando passou a defender que o MDB se posicionasse à direita. A justificativa alegada era de que em Mato Grosso as pautas ambientais da esquerda prejudicariam o agronegócio.
Janaina afirmou ainda que em 2026 serão dois votos para o Senado, e que ela ainda não fechou nenhum acordo para uma dobradinha com outros pré-candidatos. “Eu vou cuidar exclusivamente da minha eleição. Para quem o eleitor vai dar o seu segundo voto, aí fica a critério de cada um, conforme a sua bandeira”, completou.
Riva também voltou a rechaçar as especulações de que existe uma articulação suprapartidária para impedir sua candidatura ao Senado. “Nunca nem conversaram comigo sobre essa possibilidade. Vocês sabem que eu não sou de recuar muito fácil. Basta ver o que eu estou passando hoje aqui na Assembleia e o tamanho das perseguições que eu venho sofrendo. Mas é uma decisão que está tomada. Eu já passei por 78 municípios. Vou fazer os 140 até março. E eu duvido que vai ter algum dos pré-candidatos com mais disposição do que eu”, pontuou.
“Quero percorrer o estado inteiro e tenho confiança hoje de que o projeto ao Senado é um projeto que é uma realidade que tem grandes chances de vitória, como outras candidaturas também são candidaturas muito fortalecidas”, continuou.
Janaina também evitou comentar a situação do sogro, senador Wellington Fagundes (PL), que vem enfrentando dificuldades em manter sua pré-candidatura ao governo, já que existem conversas para que a sigla apoie o nome do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos).
“Eu não quero ficar fazendo leitura de outros partidos. Eu já tenho muitas dificuldades aqui dentro do MDB para poder conciliar o interesse de todos. Vocês sabem que o MDB hoje é muito dividido com relação, inclusive, ao apoio ao governo do estado e a única unanimidade que nós temos e a única definição é a questão da senatória (ou vaga ao Senado). Agora, obviamente, o Wellington, assim como todo líder partidário, merece respeito. São 40 anos de partido. Então, ele tem minha solidariedade caso isso aconteça”, concluiu.
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