abuso de poder 24.02.2025 | 17h11
redacao@gazetadigital.com.br
Reprodução/Instagram
O resultado da licitação para a contratação de agência de publicidade no município de Cáceres pode fortalecer a denúncia contra a prefeita reeleita Eliene Liberato (PSB) por suposto abuso de poder político e econômico, com a utilização de dinheiro da prefeitura para bancar o seu marketing de campanha.
Isso porque a licitação que está em fase final caminha para a vitória da empresa Gonçalves Cordeiro, que alcançou a maior pontuação na disputa com as concorrentes.
Denúncia apresentada pela coligação do ex-prefeito Francis Maris (PL), no ano passado, acusa a prefeita de um possível "conluio" entre a empresa Criari Comunicação, o marqueteiro responsável pela campanha, Cláudio Cordeiro, além de outras empresas. A denúncia, que foi rejeitada na primeira instância, agora está fase recursal no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT).
Segundo a coligação, a prefeitura fez um aditivo ao contrato de publicidade com a empresa Criari, firmado em 2022, permitindo sua vigência até outubro do ano passado, no valor de R$ 600 mil. O valor total gasto com publicidade chegaria a R$ 2,7 milhões.
A ação argumenta que a vigência do aditivo -entre 14 de abril e 13 de outubro de 2024 - compreendeu em sua maior parte o período eleitoral, quando a publicidade institucional é proibida por lei, "o que gera legítima desconfiança da verdadeira finalidade de tal aditivo".
Segundo a denúncia, a operacionalização do eventual desvio se daria da seguinte forma: "a empresa repassaria valores oriundos do contrato de publicidade para veículos de imprensa para a veiculação da publicidade institucional em tais veículos, o que até aí estaria tudo certo".
"Ocorre que alguns desses veículos, que inclusive estariam recebendo valores acima da média de mercado, teriam ligação com o senhor Claudio César Cordeiro (que é quem comanda a Gonçalves Cordeiro). Ou seja, a empresa de publicidade repassaria as verbas publicitárias para sites do mesmo grupo empresarial, e isso com fortes suspeitas também de interesses eleitorais através de possível retorno para financiamento escuso de pré-campanha eleitoral", diz trecho da denúncia.
Outro lado
A reportagem procurou o coordenador de campanha da prefeita na época, Cláudio Henrique Donatoni, que atualmente é secretário municipal de Saúde, para ouvi-lo. Contudo, negou as acusações. "Essa denúncia é uma mentira. Mas eu não vou comentar porque isso aí é com o jurídico da campanha e não comigo", disse.
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