'facções estão no país todo' 02.11.2025 | 10h00

fred.moraes@gazetadigital.com.br
Mayke Toscano/Secom
O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (União), anunciou, na sexta-feira (31), que não descarta caminhar junto aos outros 6 governadores ao “Consórcio da Paz” para combater o crime organizado. O grupo foi formado após reunião realizada na noite de quinta-feira (30), no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio, reúne gestores do eixo Sul-Sudeste e do Centro-Oeste, para integrar forças de segurança e equipes de inteligência. Apesar das intenções anunciadas, nenhuma medida prática foi definida até o momento.
Mauro afirmou que vê com bons olhos o movimento que incentive aliança entre os estados e o governo federal, mas cobrou mudanças nas leis e políticas de segurança pública.
“Com certeza, eu vou só entender bem qual que é o âmbito desta cooperação. A cooperação, ela tem que existir sempre entre os estados, governo federal. Agora, tem que existir uma cooperação de verdade, mas, acima de tudo, uma mudança nos nossos mais graves problemas para fazer o enfrentamento”, declarou o governador.
O chefe do Executivo mato-grossense destacou que o problema da criminalidade é nacional.
“Não adianta ficar olhando para o Rio de Janeiro, que é um caso crítico (…). As facções criminosas estão em todos os estados brasileiros. Aqui em Mato Grosso tem facção criminosa. O que não tem aqui é bairro dominado, onde a polícia não entra. Isso não existe aqui, mas é realidade em muitos estados”, pontuou.
Mauro defendeu mudanças no marco legal brasileiro para permitir respostas mais rápidas e duras ao crime organizado. “Tem que haver uma mudança do Estado brasileiro, dos marcos legais, para nos dar instrumentos mais adequados e eficientes para combater essas facções. Não dá para prender um bandido de manhã e à tarde ele estar solto. Não dá para prender um traficante com centenas de quilos de droga e um mês depois ele tá solto. Isso não é correto”, criticou.
Reunião após chacina
A reunião convocada por Cláudio Castro ocorreu após a megaoperação policial que deixou 121 mortos nos complexos da Penha e do Alemão, no Rio de Janeiro, e gerou intensa repercussão nacional e internacional. Governadores que manifestaram apoio à ação enviaram representantes ao encontro para discutir estratégias conjuntas de enfrentamento ao crime organizado.
De acordo com participantes, o “Consórcio da Paz” pretende criar um sistema de apoio emergencial entre estados, permitindo o deslocamento imediato de forças de segurança em crises.
“A tese do consórcio é exatamente fazer com que todas as nossas forças integradas com base na inteligência e na parte operacional possam ser utilizadas para atender qualquer um dos governadores num momento emergencial, sem ter que perguntar (…). Com deslocamento imediato. Isso dá agilidade”, explicou um dos governadores presentes.
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