Max diz que não há necessidade de mais deputados na AL, mas MT ganha maior presença no DF

Com a aprovação do projeto de lei complementar que aumenta o número de deputados federais da Câmara Federal e na bancada de Mato Grosso, na última terça-feira (6), a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) deve ganhar mais 6 deputados. Entretando, o presidente da Casa, Max Russi (PSB), não parece ter gostado nada da ideia, que define como "sem necessidade".

Em entrevista esta semana, Max disse que o aumento do parlamento estadual não é algo que mudará muita coisa, na prática. No entanto, pontua que o aumento na bancada federal a partir da próxima legislatura, em 2027, é positivo, pois ajuda o Estado receber verbas e ter maior peso em decisões importantes.

“Não é que seja importante ter 6 vagas no parlamento estadual, mas as duas vagas em Brasília são muito importantes para Mato Grosso. Por quê? Porque aumenta a nossa representatividade, aumenta o nosso poder de decisão, passaremos de 8 deputados federais para 10, ou seja, terão dois deputados a mais em qualquer votação que tiver no Congresso, que vai definir projetos importantes para o Brasil, importantes para Mato Grosso”, alegou o presidente.

Preocupado com a dívida pública, Max sugeriu que, em vez de expandir cadeiras, o Congresso opte por fazer um remanejo nas bancadas.

“Eu acho que tinha que manter o número de deputados federais, mas Mato Grosso ganhar dois. Eu votaria em não aumentar o número de deputados federais, mas, sim, Mato Grosso ter direito aquilo. Agora, não é justo que estados com população menores, estados que não cresceram nos últimos anos, ter uma representação maior que Mato Grosso”, pontua.

Por fim, ao ser questionado se a chegada dos 6 deputados traria algum impacto no duodécimo da Casa, o presidente pontuou que não haverá dificuldades. Porém, afirmou que o espaço da Casa pode ser insuficiente para abrigar todos os gabinetes.

“O duodécimo é tranquilo, a gente não terá dificuldade em termos orçamentários, não aumenta nada o duodécimo com o aumento dos deputados. Agora, hoje, nós temos dificuldade de espaço dentro da Assembleia. Então, nós estamos fazendo uma ala nova, já começado na gestão do Botelho, é um projeto antigo e precisamos avançar com essa obra para que a gente possa ter condição de receber os seis novos parlamentares”