Mendes elogia fusão e diz que volume de siglas no país é 'palhaçada'

O governador Mauro Mendes (DEM) elogiou a fusão entre o Democratas e o Partido Social Liberal e criticou o alto volume de siglas no país, que atualmente conta com 33 legendas.

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Questionado sobre a fusão dos partidos, o governador reiterou que a decisão foi unânime e classificou a mudança como positiva. Contudo, ao falar do número de partidos, Mendes disse que é "surreal" o alto número de legendas.

"É um movimento importante, acho que o Brasil tem muitos partidos. Precisamos reduzir esse negócio de ter 30, quase 40 partidos. Isso é surreal, palhaçada, brincadeira. Não está certo isso", afirmou.

"Algo que não tem nenhuma aderência com a realidade e com aquilo que é bom para o Brasil. Por isso que, ao meu ver, isso vai ao encontro desse sentimento", acrescentou o chefe do Executivo estadual.

A fusão das siglas foi apontada nos bastidores como uma tentativa de unir legendas em prol de uma candidatura que pudesse fazer frente ao PT e ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na corrida presidencial de 2022.

Ao ser perguntado sobre essa possibilidade, o governador afirmou que durante a reunião que consagrou a fusão a discussão de uma terceira via não foi pauta. Contudo, destacou o nome do ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta como nome forte.

"O objetivo é ajudar nesse movimento de aglutinação para que o partido possa representar uma parte da sociedade brasileira. Por isso se chama partido. E tem hoje um pré-candidato do partido, que se chama Mandetta, que é uma pessoa que está tentando construir sua candidatura", afirmou Mendes.

Impulso para 2022

A fusão pode impulsionar o projeto político do governador para 2022. Isso porque, com a união dois grupos, a legenda ficará com a maior fatia do Fundo Partidário e ainda contará com a maior bancada de representantes no Congresso Nacional e também na Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Apesar de não ter confirmado se buscará a reeleição, o cenário que vem sendo construído na política nacional favorece diretamente o chefe do Paiaguás