Publicidade

Cuiabá, Segunda-feira 13/10/2025

Política de MT - A | + A

COLEGAS COBRAM JUSTIÇA 05.07.2022 | 11h45

Pistola do agente foi comprada com Paccola a 'preço amigo'

Facebook Print google plus
Jessica Bachega e Vithória Sampaio

redacao@gazetadigital.com.br

João Vieira

João Vieira

Atualzliada às 16h45 - A arma que o agente do socioeducativo Alexandre Miyagwa, 41, portava ao ser baleado foi comprada do vereador Marcos Paccola (Republicanos), que tem estande de tiros e comercializa armamento. O valor pago ainda foi abaixo do praticado no mercado, pela “amizade”, conforme afirmou o presidente do Sindicato dos Agentes do Socioeducativo, Paulo Cezar Souza. O parlamentar, por meio da sua assessoria, enviou nota na qual diz que não era amigo da vítima. Veja nota abaixo. 


Leia também -Agentes pedem prisão de vereador e citam 'ato político'

 

Na manhã desta terça-feira (5), agentes lotaram a frente da Câmara de Vereadores exigindo punição ao parlamentar e investigação por parte do Legislativo Municipal. Com gritos de “covarde” e assassino”, os servidores permaneceram por horas no local, sob o sol quente. Eles carregavam faixas de protesto e luto. Também rezaram um Pai Nosso em homenagem ao colega morto.

 

João Vieira

protesto agentes socioeducativo paccola

 Presidente cobra investigação da Câmara

Revoltado com todo o desenrolar da situação desde a morte da vítima, no dia 1º deste mês, o presidente do Sindicato contesta a fala de Paccola, de que não conhecia a vítima. Ainda cita que ele age como “Deus no céu e ele na Terra”, prega todo seu conhecimento policial, mas age totalmente fora das premissas de treinamento.


Questionado se vítima e atirador tinham algum atrito ou desavença que pudesse ensejar o crime, o sindicalista afirma que não tem conhecimento.


“O que eu tenho certeza é que o vereador é empresário e conhece Alexandre de tempos atrás. De o Alexandre ir em churrasco de sócios do vereador na chácara dele. O Alexandre comprou a pistola que estava em poder dele com o vereador. 

Ele conseguiu um valor que, se eu for lá, eu não consigo, que ele fez por amizade ao Alexandre e depois dizer que agiu em legítima defesa”, explica.


“Ele conhecia o Alexandre, poderia ter tratado a situação de uma forma muito diferente. Mas, Deus queira que eu estava errado, mas se ele usou isso como ato político para ser eleito, já que ele é candidato, isso custou muito caro”, completa.

 

 

Impunidade


Em sua fala, o sindicalista ainda cita a “vista grossa” que as autoridades policiais e do judiciário fazem quanto a conduta do vereador, que tem algumas investigações em seu currículo. Uma delas é sobre a acusação de fraudar registro de uma arma para acobertar assassinatos cometidos pelo grupo conhecido como “Mercenários”, composto por policiai e criminosos.


“Todos conhecem a vida deste vereador e nada acontece com ele. O cara apronta, apronta, apronta e nada acontece. Isso fica feio para a Polícia Civil, o Judiciário, isso mancha a Polícia Militar. Uma pessoa que age assim, como Deus no céu e ele na terra”, critica o agente.


Paulo Cesar ainda destacou a má reputação da Câmara e sugeriu que este é um bom momento para agir e melhorar a imagem perante a sociedade. Ele cita vereadores como Paccola não deveriam representar a Capital.


“Ele, como vereador de uma capital, de um estado rico, pujante, que cresce todos os dias, ter um representante deste nível. Que fala que é caveira, 01 das forças, que tem todo conhecimento, que passa este conhecimento. Que conhecimento é este? Nós, da segurança, vemos aquela cena, que não está preconizado em lugar nenhum. Aquilo não existe, atirar pelas costas, da forma que ele atirou. Teve todo o tempo de visualizar a situação, ficou assistindo, viu que não representava perigo nenhum. Ele conhece o Alexandre, por que que não fala isso? Ele tinha que ser preso, não deveria sair da delegacia como ele saiu. É vergonho isso ai. Estamos indignados de perder um colega da forma que foi feita e o vereador sair como se nada tivesse acontecido”, declara o presidente.

 

Paccola disse que conhecia de vista o agente. "Eu o conhecia de vista, mas no momento da situação em momento algum eu o reconheci”, disse em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (4) na Câmara de Vereadores de Cuiabá. só 

 

 

Nota do vereador Paccola 

 

Em resposta à matéria de que Paccola conhecia o agente Alexandre Miyagawa e inclusive teria vendido um armas de fogo para a vítima, Paccola afirma que não era amigo e não se lembra de ter tido qualquer tipo de contato com Alexcandre antes do fato ocorrido e que o presidente do Sindicato dos Agentes Socioeducativo, Paulo César, está cometendo um equívoco confundindo o vereador tenente-coronel Paccola com o Gerente da Loja de Armas.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

sidão - 05/07/2022

pais de ignorantes é assim vota por pouca coisa,colocara um doido lá deu no que deu

1 comentários

1 de 1

Enquete

Nos últimos meses foram registradas várias denúncias de assédio sexual em instituições de ensino do nível básico ao superior. Você já se sentiu assediada (o) nestes ambientes?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Domingo, 12/10/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.