COLEGAS COBRAM JUSTIÇA 05.07.2022 | 11h45
redacao@gazetadigital.com.br
João Vieira
Atualzliada às 16h45 - A arma que o agente do socioeducativo Alexandre Miyagwa, 41, portava ao ser baleado foi comprada do vereador Marcos Paccola (Republicanos), que tem estande de tiros e comercializa armamento. O valor pago ainda foi abaixo do praticado no mercado, pela “amizade”, conforme afirmou o presidente do Sindicato dos Agentes do Socioeducativo, Paulo Cezar Souza. O parlamentar, por meio da sua assessoria, enviou nota na qual diz que não era amigo da vítima. Veja nota abaixo.
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Na manhã desta terça-feira (5), agentes lotaram a frente da Câmara de Vereadores exigindo punição ao parlamentar e investigação por parte do Legislativo Municipal. Com gritos de “covarde” e assassino”, os servidores permaneceram por horas no local, sob o sol quente. Eles carregavam faixas de protesto e luto. Também rezaram um Pai Nosso em homenagem ao colega morto.
Revoltado com todo o desenrolar da situação desde a morte da vítima, no dia 1º deste mês, o presidente do Sindicato contesta a fala de Paccola, de que não conhecia a vítima. Ainda cita que ele age como “Deus no céu e ele na Terra”, prega todo seu conhecimento policial, mas age totalmente fora das premissas de treinamento.
Questionado se vítima e atirador tinham algum atrito ou desavença que pudesse ensejar o crime, o sindicalista afirma que não tem conhecimento.
“O que eu tenho certeza é que o vereador é empresário e conhece Alexandre de tempos atrás. De o Alexandre ir em churrasco de sócios do vereador na chácara dele. O Alexandre comprou a pistola que estava em poder dele com o vereador.
Ele conseguiu um valor que, se eu for lá, eu não consigo, que ele fez por amizade ao Alexandre e depois dizer que agiu em legítima defesa”, explica.
“Ele conhecia o Alexandre, poderia ter tratado a situação de uma forma muito diferente. Mas, Deus queira que eu estava errado, mas se ele usou isso como ato político para ser eleito, já que ele é candidato, isso custou muito caro”, completa.
Impunidade
Em sua fala, o sindicalista ainda cita a “vista grossa” que as autoridades policiais e do judiciário fazem quanto a conduta do vereador, que tem algumas investigações em seu currículo. Uma delas é sobre a acusação de fraudar registro de uma arma para acobertar assassinatos cometidos pelo grupo conhecido como “Mercenários”, composto por policiai e criminosos.
“Todos conhecem a vida deste vereador e nada acontece com ele. O cara apronta, apronta, apronta e nada acontece. Isso fica feio para a Polícia Civil, o Judiciário, isso mancha a Polícia Militar. Uma pessoa que age assim, como Deus no céu e ele na terra”, critica o agente.
Paulo Cesar ainda destacou a má reputação da Câmara e sugeriu que este é um bom momento para agir e melhorar a imagem perante a sociedade. Ele cita vereadores como Paccola não deveriam representar a Capital.
“Ele, como vereador de uma capital, de um estado rico, pujante, que cresce todos os dias, ter um representante deste nível. Que fala que é caveira, 01 das forças, que tem todo conhecimento, que passa este conhecimento. Que conhecimento é este? Nós, da segurança, vemos aquela cena, que não está preconizado em lugar nenhum. Aquilo não existe, atirar pelas costas, da forma que ele atirou. Teve todo o tempo de visualizar a situação, ficou assistindo, viu que não representava perigo nenhum. Ele conhece o Alexandre, por que que não fala isso? Ele tinha que ser preso, não deveria sair da delegacia como ele saiu. É vergonho isso ai. Estamos indignados de perder um colega da forma que foi feita e o vereador sair como se nada tivesse acontecido”, declara o presidente.
Paccola disse que conhecia de vista o agente. "Eu o conhecia de vista, mas no momento da situação em momento algum eu o reconheci”, disse em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (4) na Câmara de Vereadores de Cuiabá. só
Nota do vereador Paccola
Em resposta à matéria de que Paccola conhecia o agente Alexandre Miyagawa e inclusive teria vendido um armas de fogo para a vítima, Paccola afirma que não era amigo e não se lembra de ter tido qualquer tipo de contato com Alexcandre antes do fato ocorrido e que o presidente do Sindicato dos Agentes Socioeducativo, Paulo César, está cometendo um equívoco confundindo o vereador tenente-coronel Paccola com o Gerente da Loja de Armas.
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sidão - 05/07/2022
pais de ignorantes é assim vota por pouca coisa,colocara um doido lá deu no que deu
1 comentários