Publicidade

Cuiabá, Segunda-feira 15/12/2025

Política de MT - A | + A

COLEGAS COBRAM JUSTIÇA 05.07.2022 | 11h45

Pistola do agente foi comprada com Paccola a 'preço amigo'

Facebook Print google plus
Jessica Bachega e Vithória Sampaio

redacao@gazetadigital.com.br

João Vieira

João Vieira

Atualzliada às 16h45 - A arma que o agente do socioeducativo Alexandre Miyagwa, 41, portava ao ser baleado foi comprada do vereador Marcos Paccola (Republicanos), que tem estande de tiros e comercializa armamento. O valor pago ainda foi abaixo do praticado no mercado, pela “amizade”, conforme afirmou o presidente do Sindicato dos Agentes do Socioeducativo, Paulo Cezar Souza. O parlamentar, por meio da sua assessoria, enviou nota na qual diz que não era amigo da vítima. Veja nota abaixo. 


Leia também -Agentes pedem prisão de vereador e citam 'ato político'

 

Na manhã desta terça-feira (5), agentes lotaram a frente da Câmara de Vereadores exigindo punição ao parlamentar e investigação por parte do Legislativo Municipal. Com gritos de “covarde” e assassino”, os servidores permaneceram por horas no local, sob o sol quente. Eles carregavam faixas de protesto e luto. Também rezaram um Pai Nosso em homenagem ao colega morto.

 

João Vieira

protesto agentes socioeducativo paccola

 Presidente cobra investigação da Câmara

Revoltado com todo o desenrolar da situação desde a morte da vítima, no dia 1º deste mês, o presidente do Sindicato contesta a fala de Paccola, de que não conhecia a vítima. Ainda cita que ele age como “Deus no céu e ele na Terra”, prega todo seu conhecimento policial, mas age totalmente fora das premissas de treinamento.


Questionado se vítima e atirador tinham algum atrito ou desavença que pudesse ensejar o crime, o sindicalista afirma que não tem conhecimento.


“O que eu tenho certeza é que o vereador é empresário e conhece Alexandre de tempos atrás. De o Alexandre ir em churrasco de sócios do vereador na chácara dele. O Alexandre comprou a pistola que estava em poder dele com o vereador. 

Ele conseguiu um valor que, se eu for lá, eu não consigo, que ele fez por amizade ao Alexandre e depois dizer que agiu em legítima defesa”, explica.


“Ele conhecia o Alexandre, poderia ter tratado a situação de uma forma muito diferente. Mas, Deus queira que eu estava errado, mas se ele usou isso como ato político para ser eleito, já que ele é candidato, isso custou muito caro”, completa.

 

 

Impunidade


Em sua fala, o sindicalista ainda cita a “vista grossa” que as autoridades policiais e do judiciário fazem quanto a conduta do vereador, que tem algumas investigações em seu currículo. Uma delas é sobre a acusação de fraudar registro de uma arma para acobertar assassinatos cometidos pelo grupo conhecido como “Mercenários”, composto por policiai e criminosos.


“Todos conhecem a vida deste vereador e nada acontece com ele. O cara apronta, apronta, apronta e nada acontece. Isso fica feio para a Polícia Civil, o Judiciário, isso mancha a Polícia Militar. Uma pessoa que age assim, como Deus no céu e ele na terra”, critica o agente.


Paulo Cesar ainda destacou a má reputação da Câmara e sugeriu que este é um bom momento para agir e melhorar a imagem perante a sociedade. Ele cita vereadores como Paccola não deveriam representar a Capital.


“Ele, como vereador de uma capital, de um estado rico, pujante, que cresce todos os dias, ter um representante deste nível. Que fala que é caveira, 01 das forças, que tem todo conhecimento, que passa este conhecimento. Que conhecimento é este? Nós, da segurança, vemos aquela cena, que não está preconizado em lugar nenhum. Aquilo não existe, atirar pelas costas, da forma que ele atirou. Teve todo o tempo de visualizar a situação, ficou assistindo, viu que não representava perigo nenhum. Ele conhece o Alexandre, por que que não fala isso? Ele tinha que ser preso, não deveria sair da delegacia como ele saiu. É vergonho isso ai. Estamos indignados de perder um colega da forma que foi feita e o vereador sair como se nada tivesse acontecido”, declara o presidente.

 

Paccola disse que conhecia de vista o agente. "Eu o conhecia de vista, mas no momento da situação em momento algum eu o reconheci”, disse em entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (4) na Câmara de Vereadores de Cuiabá. só 

 

 

Nota do vereador Paccola 

 

Em resposta à matéria de que Paccola conhecia o agente Alexandre Miyagawa e inclusive teria vendido um armas de fogo para a vítima, Paccola afirma que não era amigo e não se lembra de ter tido qualquer tipo de contato com Alexcandre antes do fato ocorrido e que o presidente do Sindicato dos Agentes Socioeducativo, Paulo César, está cometendo um equívoco confundindo o vereador tenente-coronel Paccola com o Gerente da Loja de Armas.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

sidão - 05/07/2022

pais de ignorantes é assim vota por pouca coisa,colocara um doido lá deu no que deu

1 comentários

1 de 1

Enquete

Você concorda em manter políticos que estão fora do país no cargo?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Segunda-feira, 15/12/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.