'falsa solidariedade' 26.11.2025 | 18h40

maria.klara@gazetadigital.com.br
João Vieira
O ex-governador Blairo Maggi declarou que a solidariedade expressa por diversos políticos de Mato Grosso diante da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro é mais estratégia política, do que afinidade pessoal. Para ele, a postura visa não perder votos nas eleições do ano que vem. O empresário do agronegócio participou do 3º Congresso Cerealista Brasileiro, realizado no Malai Manso Resort, em Chapada dos Guimarães, nesta quarta-feira (26), onde também estavam figuras políticas.
“Quando saiu a prisão do Jair, os políticos aqui de Mato Grosso, praticamente todos, menos os petistas, ficaram solidários. Mas não é solidariedade direta a ele. É solidariedade à posição política, ao receio de perder votos de quem apoia esse discurso”, afirmou o veterano político, que, além de governador, foi senador e ministro.
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi preso em casa, na manhã de sábado (22), e conduzido à Superintendência da Polícia Federal, em Brasília. A prisão preventiva se deu após o líder conservador tentar violar a tornozeleira eletrônica, condição de sua prisão domiciliar. Contudo, desde terça-feira (27) a detenção é referente ao cumprimento dos 27 anos e 3 meses de pena por tentativa de golpe de Estado.
Durante a entrevista, o ex-governador mencionou que o debate sobre golpe e punição divide até mesmo famílias e círculos de amizade: “50% pensa de um jeito e 50% pensa de outro. Uns dizem que não houve golpe, então não pode haver punição. Outros afirmam que houve tentativa, então tem que ter punição. A Justiça é quem dá a última palavra.”
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Maggi ressaltou que possíveis revisões de decisões judiciais são cabíveis no futuro, mas somente após a redução das tensões políticas no país.
O ex-governador também afirmou que a direita brasileira precisa construir uma candidatura própria para disputar as próximas eleições, uma vez que Bolsonaro está impedido judicialmente.
“Eu nunca vi possibilidade real de reversão que permitisse ao ex-presidente disputar uma eleição. Agora, a direita precisa de um candidato, precisa de uma agenda. Se não fizer isso, não ganha”, externou.
Para ele, políticos e lideranças que orbitam o bolsonarismo têm dificuldade em se desvincular do ex-presidente por receio de perder apoio popular.
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