AO FIM DO DECRETO DE CALAMIDADE 06.05.2025 | 17h20
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
Allan Mesquita
O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) revogou a lei complementar nº 522, de 30 de dezembro de 2022, que trata da autorização de cobrança da taxa de coleta de lixo, por meio da fatura de água e esgoto. No entanto, a suspensão, de fato, passará a valer após o fim do decreto de calamidade financeira o qual passa o município. O ato foi uma de suas principais promessas de campanha durante as eleições de 2024 e publicado na edição suplementar da Gazeta Municipal nesta segunda-feira (5).
Conforme a lei complementar aprovada na Câmara de Vereadores e agora sancionada pelo Executivo, o fim da cobrança da taxa está condicionado ao término da vigência do Decreto Municipal nº. 10.840, de 3 de janeiro de 2025, que dispõe sobre a situação de calamidade financeira no município de Cuiabá. No texto, é enfatizado que “a produção dos efeitos previstos no caput deste artigo ficará condicionada à edição de decreto municipal, no qual será consignado a data de seu início”.
Além disso, deverá ser demonstrado o cumprimento dos requisitos que estabelecem normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal. A comprovação deverá ser feita através de processo administrativo, devidamente instruído com a documentação pertinente e decisão ratificando a adoção da medida.
Com a extinção da taxa havia a preocupação em relação à fonte de financiamento para os serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos. De acordo com a legislação sancionada, as receitas serão oriundas das seguintes formas:
- Contratos de coleta de lixo de grandes geradores, ações voltadas à redução de despesas relacionadas aos serviços de manejo de resíduos sólidos urbanos, com foco na eficiência no uso dos recursos públicos e a redução de desperdícios;
– Receitas de subvenções e de transferências financeiras do Estado de Mato Grosso e da União para apoio aos sistemas municipais;
– Parcerias Público-Privadas (PPP’s);
- Receitas acessórias oriundas da comercialização de materiais recicláveis, resíduos orgânicos e outros subprodutos;
- Outras fontes permitidas por lei, que assegurem a viabilidade econômico-financeira sem afetar a capacidade contributiva dos munícipes.
Conforme noticiado nesta terça-feira (6) pelo , o prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que avalia revogar o decreto de calamidade financeira assinado em 3 de janeiro deste ano, por conta do déficit de R$ 2 bilhões encontrados por ele no primeiro balanço nas contas públicas do Palácio Alencastro. A regra está em vigor por 180 dias até o ajuste das despesas, porém o gestor vê os primeiros meses de forma positiva e reavalia a medida.
Abilio acredita que houve um equilíbrio nas contas, principalmente com a economia de R$ 138 milhões em contratos públicos. Contudo, o gestor destacou que depende do aval dos responsáveis pela parte financeira e de planejamento da sua gestão e não deu prazo para que o decreto de fato seja finalizado.
Publicidade
Publicidade
Milho Disponível
R$ 66,90
0,75%
Algodão
R$ 164,95
1,41%
Boi à vista
R$ 285,25
0,14%
Soja Disponível
R$ 153,20
1,06%
Publicidade
Publicidade
O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.