PSB nacional encaminha apoio a Lula e complica Russi em MT

O presidente da Assembleia Legislativa (ALMT) e do PSB de Mato Grosso, Max Russi, foi derrotado na reunião nacional da legenda, que encaminhou o apoio ao ex-presidente Lula e a formação de uma Federação Partidária com o PT, PCdoB, Psol e PV. Russi defendia a formação de uma Frente Ampla com candidatura própria, porém, se a presença do PT.

Apenas o PSB do Distrito Federal, Rio Grande do Sul e Espírito Santo, votaram contra ao apoio a Lula. Com o rumo do PSB encaminhado, Max Russi não descarta deixar a legenda, já que o apoio ao ex-presidente Lula o tiraria da base de apoio ao governador Mauro Mendes (DEM), o que também pode dificultar o seu projeto de permanecer na presidência da AL na próxima legislatura. 

Leia também - Candidato declarado, secretário diz não fazer política no cargo

Nos bastidores, a informação é de que Russi possa ir para o MDB e pleitear o cargo de vice de Mauro Mendes em 2022, ou manter com o seu projeto de reeleição. Antes da reunião, Russi já havia defendido uma candidatura própria do PSB e a não formação de uma Federação Partidária, já que na sua avaliação isso atrapalharia a chapa própria da legenda no Estado que já possui 26 pré-candidatos.  

O posicionamento do PSB nacional vem incomodando Russi desde o início do ano. Ele tem evitado participar de atos e manifestações contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) no Estado, com objetivo de não criar conflitos internos na legenda, bem como evitar perder apoio eleitoral, já que em Mato Grosso Bolsonaro ainda tem boa aprovação.  

Max Russi é um dos remanescentes do grupo do governador Mauro Mendes no PSB. Filiado desde a década passada no partido, Russi foi o único que permaneceu na sigla, após debandada de Mauro, Eduardo Botelho e Fábio Garcia para o DEM em fevereiro de 2018.  

Russi permaneceu e conseguiu garantir o comando da sigla após a tentativa do ex-deputado federal Valtenir Pereira (MDB) em tomar a sigla do Estado, mesmo estando no MDB.