problema é intolerância e extremismo 18.08.2025 | 12h36
redacao@gazetadigital.com.br
João Vieira
“Quem pensa diferente de mim, não é meu inimigo”. Assim avalia o ministro presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luis Roberto Barroso, sobre as divergências vividas no Brasil atualmente. Para o magistrado, a polarização entre diferentes grupos sempre existiu, a "novidade" é a intolerância e esta deve ser combatida.
“Nós precisamos recuperar, e eu sempre insisto, é a civilização. A capacidade de as pessoas que pensam de maneira diferente poderem conviver com respeito e consideração, como eu disse, hoje quem pensa diferente de mim não é meu inimigo, é meu parceiro”, disse o ministro após palestra a estudantes da Escola Estadual Liceu Cuiabano, nesta segunda-feira (18).
O magistrado destaca que há espaço na democracia para todas as opiniões, linhas ideológicas e modo de viver. O que precisa ser consenso é o respeito mútuo e o senso de convívio no coletivo.
Mato Grosso há anos vive tempos de intensa divisão política, entre direita e esquerda. Situação que se intensificou após as eleições de 2022, quando houve protestos por parte de apoiadores do candidato derrotado, Jair Bolsonaro (PL), e invasão as sedes dos 3 Poderes, em Brasília. No estado, há registro de assassinatos motivados por ideologias políticas. Hoje, predominantemente, o Estado é composto por eleitores mais voltados à direita política.
“O que aconteceu de novidade no mundo foi a intolerância, o extremismo, a incapacidade de aceitar o outro que pensa diferente. A democracia tem lugar para liberdade. Tem lugar para conservadores, tem lugar para progressistas, tem lugar para todo mundo que se disponha a jogar pelas regras do jogo. Parte das regras do jogo da democracia tem respeito e consideração por todas as pessoas”, pondera o ministro.
Questionado se a escolha de começar o projeto por Mato Grosso seria por conta deste cenário conservador e de ataque ao Judiciário, o ministro negou a motivação. Barroso, que também é professor, afirma que “não divide a vida em direita e esquerda”.
“Para mim não faz diferença se a maior parte da população é mais liberal, mais conservadora, não é esse o ponto. O que eu acho que é importante é uma vida ser feita de valores. A existência de pontos de vista divergentes faz parte da vida e eu diria é desejável”, justifica.
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Benedito da costa - 19/08/2025
O fato é que o Brasil está caminhando para esse lado do socialismo, com isso a liberdade de expressão controle do cidadão está indo para as mãos do governo socialista na qual a maioria dos membros do supremo faz parte. Democracia aqui? Coisa do passado.
1 comentários