apropriação do bolsonarismo 17.11.2025 | 15h10

allan@gazetadigital.com.br
Otmar de Oliveira/Reprodução
De olho em uma chance de disputar o Senado, o vereador Rafael Ranalli (PL) voltou a criticar o governador Mauro Mendes (União Brasil) durante entrevista nesta segunda-feira (17). O parlamentar reprova a postura combativa do chefe do Executivo estadual perante as ofensas do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-PL), que está nos Estados Unidos (EUA). Há semana ambos trocam ofensas em entrevistas e vídeos nas redes sociais.
Em entrevista ao Jornal da Cultura (90.7 FM), nesta segunda-feira (17), o parlamentar classificou Mauro como “imperador de Mato Grosso”. Ainda disse que o governador tenta impor sua influência sobre o grupo político bolsonarista no Estado para se apropriar de votos de conservadores da extrema-direita.
“Ele não quer vir só ele, ele quer trazer a patota toda. Ele quer empurrar o governo goela abaixo, quer mexer nas chapas, aí vai trazer mais gente para cá. Então assim, já já vai estar querendo eleger os secretários dele, a esposa [Virginia Mendes]. Então, quer dizer, ele é o imperador, ele vai escolher todo mundo? Não é assim que funciona”, disse.
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As declarações decorrem na crise instalada entre União Brasil e PL, intensificado após Mendes dizer que Eduardo havia “enlouquecido” e estava falando “merda”, o que levou o filho do ex-presidente a devolver os insultos, chamando o de “frouxo” e “político bosta”.
Durante a entrevista, Ranalli afirmou que a postura de Mendes mostra que ele “não gosta do jeito que os bolsonaristas pensam” e que, por isso, não deveria integrar o grupo. O vereador ainda defendeu que o embate com Eduardo Bolsonaro ajuda a revelar “quem é bolsonarista e quem não é” dentro da política mato-grossense.
“E ele continua. Ele pede desculpa, mas continua. Então isso não é desculpa, você já pensa assim. Então se ele não gosta do jeito que os bolsonaristas pensam, então ele não tem o que fazer aqui. Só que ele sabe que aqui tem 60% dos votos”, pontuou.
“Até falei, se for para barrar a entrada do Mauro aqui, eu me coloco como segundo candidato na chapa bolsonarista ao Senado", emendou. “Sei que é Davi contra Golias, mas eu represento o bolsonarismo”, alegou.
“Vou pro pau, sei que a possibilidade é ínfima, David contra Golias, mas assim, eu represento o bolsonarismo, eu represento a direita, vocês conhecem a minha história. O pouquinho de trabalho que eu executei ganhando repercussão nacional aqui na Câmara. Agora você importar um cidadão que se comporta como imperador do Mato Grosso, ninguém pode falar nada”, disparou.
Ranalli ainda aproveitou para criticar a gestão estadual e obras em Cuiabá, afirmando que o governo não aceita críticas e age com prioridades seletivas.
“Para chegar aqui não tem condição a Prainha agora. Falta mão de obra? Agora para mexer no parque dele, não falta mão de obra. Ah, então para, né? Então, só para voltar, me desculpa o desabafo”, finalizou.
Este mês, o presidente do PL estadual, Ananias Filho, chegou a dizer que o nome de Ranalli era sondado para o Senado. Mas depois admitiu que as chandes dele ser escolhido são baixas, apesar de representar o "bolsonarismo raiz".
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