Senador de MT diz que novo projeto busca anistia exclusiva para Bolsonaro

O senador Wellington Fagundes (PL) revelou que parlamentares bolsonaristas articulam um novo projeto de anistia voltado exclusivamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), deixando de lado os condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro.  Apesar de não detalhar o novo texto, Fagundes explicou que a iniciativa busca criar condições para que o ex-presidente possa disputar as próximas eleições. 

“Sexta-feira nós apresentamos um novo projeto que é específico, ficou mais voltado para o presidente Bolsonaro. Porque nós do PL entendemos que a próxima eleição sem a presença do Bolsonaro não será democrática. Isso é uma posição partidária. Estamos trabalhando. Mas, somos contra todas as injustiças”, afirmou o senador em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real, canal 10.1), na segunda-feira (1º).

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Nos últimos meses, aliados de Bolsonaro têm tentado aprovar diferentes propostas de anistia ou alterações legais que o livrem das condenações impostas pela Justiça. O ex-mandatário começou a cumprir pena de 27 anos e 3 meses de prisão na Superintendência da Polícia Federal em Brasília, após ser condenado por envolvimento na trama golpista investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

Inicialmente, bolsonaristas defendiam que a anistia abrangesse todos os condenados pelos atos de vandalismo e depredação na Praça dos Três Poderes, argumentando que as penas aplicadas pelo STF teriam sido desproporcionais, inclusive as "senhoras com Bíblia" que estariam orando no dia do ato. Contudo, nenhuma das estratégias avançou no Congresso Nacional. Enquanto isso, Bolsonaro segue preso, após ter descumprido medidas da prisão domiciliar ao tentar romper a tornozeleira eletrônica.

Fagundes lamentou o episódio e atribuiu a tentativa de violar a tornozeleira ao estado emocional dele. “Eu tenho certeza que tanto o Judiciário como a população sabem que o que aconteceu foi num momento de forte pressão e emoção do presidente Bolsonaro. Claro, ele é ser humano como todos nós”, pontuou.

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