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pernas e glúteos amputados 25.12.2025 | 10h00

'Só pena máxima não serve', diz Riva após morte de jovem atropelada e arrastada por homem em SP

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Reprodução

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A deputada estadual Janaina Riva (MDB) lamentou a morte de Tainara Souza Santos, de 31 anos, vítima de feminicídio em São Paulo, e se manifestou publicamente sobre o caso em um vídeo divulgado na manhã deste domingo (25). Na gravação, a parlamentar aparece visivelmente emocionada ao comentar a brutalidade do crime e a violência enfrentada por mulheres no país.

 

Tainara morreu por volta das 19h de sábado (24), após permanecer 25 dias internada no Hospital das Clínicas, em São Paulo. Ela teve as duas pernas e parte dos glúteos amputados em decorrência das lesões provocadas após ser atropelada e arrastada por Douglas Alves da Silva, de 26 anos, em novembro. Com a morte da vítima, o suspeito, que segue preso, passa a responder por feminicídio.

"Eu não queria falar desse assunto hoje com vocês, mas a pauta é muito importante para esperar até amanhã. Sei que hoje é dia de celebração, aniversário de Jesus Cristo, mas uma família hoje chora, aliás, uma nação hoje chora. Ainda ontem à noite foi anunciado o falecimento da Tainara, que foi violentamente agredida, atropelada e arrascada por um criminoso que sequer era seu companheiro, não que isso justificasse alguma coisa", iniciou. 

Douglas Alves da Silva, 26, atropelou Tainara na saída de um bar. Imagens registraram o momento em que ela foi arrastada pela rua Manguari até a avenida Morvan Dias de Figueiredo (Marginal Tietê). O acusado disse que percorreu mais de 1 km com a vítima presa ao veículo porque o som do carro estava alto. Ao ser questionado sobre ter arrastado a mulher, ele alegou que o volume do som estava alto e com os vidros do carro fechados.

 

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Riva, por sua vez, pontuou que houve intenção clara de matar. “Ele saiu daquela festa convencido de que ele acabaria com a vida dela. E aí ele atropela, como nas imagens, ele arrasta ela, mesmo com vários carros buzinando e tudo mais, ao que parece a todos nós conscientemente, ele continua arrastando ela por quilômetros", disse.

 

Janaina também mencionou o impacto das imagens que teve acesso após o crime. “Ela foi anunciada morta ontem, dia 24, mas ela morreu naquele dia. Ela morreu naquele dia porque eu vi as imagens logo depois do acidente e ela já estava completamente desfigurada. Ela não tinha pedaços do rosto, da perna, da panturrilha, do quadril", pontuou.

 

Na gravação, a parlamentar avaliou que a violência teve como objetivo a destruição física e simbólica da vítima. “O objetivo era acabar com ela, era desfigurá-la, acabar com aquilo que para nós mulheres é importante, a nossa aparência, aliás, para todo mundo é importante. Ele queria destruir aquela imagem de mulher bonita, forte, de personalidade que ela tinha", ponderou.

Ao abordar as consequências do crime, Janaina criticou o que considera insuficiência das penas previstas na legislação brasileira. “E hoje eu fiquei pensando como fica essa família, como ficam os filhos dessa mulher, cheia de vida, trabalhadora, que teve a sua vida selifada por esse terminoso monstro, sabendo que daqui uns dias ele vai estar nas ruas. E que com muito esforço, com pena máxima, ele vai cumprir 20 anos de prisão. Isso é justo? Isso é justo?”, disse.

Ela também defendeu mudanças mais severas no sistema penal. “Eu sei que a pena de morte é controversa, mas no mínimo, no mínimo, o Brasil precisa implementar a prisão perpétua. Não é justo? E eu fico pensando, eu sou mãe de menina, como fica essa mãe que pegou essa bebê no colo, que criou, deu isso tudo, vê a filha dela construindo a vida, tendo seus filhos, cheia de vida, alegre e ser morta desse jeito, por ser mulher, vítima de feminicídio por ser mulher", continuou.

Ao final do desabafo, a deputada voltou a destacar a recorrência da violência de gênero no país. “Nós morremos no Brasil por sermos mulheres. É muito triste. Esse assassino tem que apodrecer na cadeia. Só pena máxima não serve", concluiu. 

 

Veja o vídeo:

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