ABSURDO 07.03.2023 | 16h26
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Câmara de Cuiabá
Após decisão do vereador Luis Cláudio (PP) em suspender a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) criada pela Câmara Municipal de Cuiabá para investigar os atos do Gabinete de Intervenção na Secretaria Municipal de Saúde, o vereador Demilson Nogueira (Progressistas) disse que o foco do Poder Legislativo deve ser o combate aos problemas da saúde que atingem a população, como o caso da UTI pediátrica do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) que está 100% fechada.
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Na última quarta-feira (1) o procurador-geral do Ministério Público de Mato Grosso (MPE), Deosdete Cruz, pediu a suspensão da CPI da intervenção, argumentando que a Câmara Municipal não tem competência para investigar atos do Estado.
A CPI em questão foi criada por integrantes da base aliada do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). Para instaurar a comissão, os parlamentares justificaram que um relatório elaborado pela Comissão Multidisciplinar da Prefeitura de Cuiabá concluiu que as ações da equipe de Intervenção teriam causado graves danos à gestão da saúde do Município.
Após a manifestação do Ministério Público, o presidente da CPI, vereador Luis Cláudio, decidiu suspender a comissão até que haja decisão do Tribunal de Justiça. Os trabalhos da CPI já haviam começado, sendo que no dia 1º de março foram ouvidos os primeiros convidados.
O vereador de oposição ao prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) na Câmara, Demilson Nogueira, afirmou que o foco do Legislativo deve ser os problemas da saúde e não os atos do gabinete de intervenção.
“Nós presenciamos na blitz que nós fizemos no HMC e quando estivemos no Pronto Socorro velho. Para surpresa nossa, HMC bonito, estrutura arrumada, fomos bem recepcionados, mas que tristeza quando nós entramos na UTI pediátrica, 100% fechada, é um absurdo, isso é o que nós temos que estar discutindo aqui na Câmara Municipal, não são os 7 dias de uma intervenção, nós temos que voltar aqui para a Câmara para discutir a falta de medicamento que nas blitz também nós pudemos ver”.
Demilson será o presidente de uma CPI que deve apurar atos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e da Empresa Cuiabana de Saúde Pública (ECSP). Ao programa A Notícia de Frente, da TV Vila Real, ele citou problemas como o da realização de exames de Raio-X, que só ocorre no antigo Pronto Socorro, e disse que não há justificativa para esta situação, considerando orçamento para a saúde.
“Presenciei o fato, lá no Pascoal Ramos, onde um cidadão pagou R$ 100 pelo Raio-X que faz ali por perto, porque o Raio-X de lá [policlínica] não funcionava e ele tinha necessidade [...], eu volto a falar, dinheiro na saúde pública de Cuiabá não é problema, em 2022 R$ 1,5 bilhão, nós temos já execução de um orçamento de R$ 1,7 bilhão”, disse.
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