MEDICAMENTOS VENCIDOS 01.06.2021 | 15h45
allan@gazetadigital.com.br
Câmara de Cuiabá
Membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Medicamentos, o vereador tenente-coronel Marcos Paccola (Cidadania) apontou contradições e omissão de dados nos depoimentos prestados pelo ex-secretário de Saúde da Capital, Luiz Antônio Possas de Carvalho, e o empresário Dirceu Luís Pedroso Júnior, proprietário da Norge Pharm. Ambos foram ouvidos pelos parlamentares na última semana e prestaram esclarecimentos sobre as centenas de medicações vencidas do Centro de Distribuição de Medicamentos e Insumos de Cuiabá (CDMIC).
Em entrevista ao , Paccola enfatizou que a CPI vai analisar os pontos contraditórios pelos depoentes e avaliar a necessidade de uma oitiva de acareação. "Já vimos várias contradições em vários pontos que precisamos esclarecer. Se necessário for, vamos pedir uma audiência de acareação dos depoimentos", iniciou.
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Carvalho foi o responsável por fechar o contrato de R$ 9,7 milhões com Norge Pharm, empresa contratada por administrar o depósito de medicamentos da prefeitura. O gestor, que está afastado do cargo desde outubro de 2020, prestou depoimento na última quarta-feira (26).
Na avaliação do militar, Carvalho tentou omitir informações e compartilhar as responsabilidades com os secretários-adjuntos para blindar a imagem da prefeitura de Cuiabá. "A declarações dele trouxe um pouco de esclarecimento, mas deixou claro que ele possivelmente caminhou para deixar uma possível omissão ao citar os adjuntos. Foram algumas declarações no sentido de compartilhar a responsabilidades e ao mesmo tempo tentar convencer com que as decisões que eles tomaram trouxeram alguma vantagem para administração, quando na verdade não foi", complementou.
Paccola também destacou contradições no depoimento do empresário Dirceu Pedro. Segundo o vereador, o proprietário da Norge Pharm divergiu informações contratuais publicadas no portal de transparência do município em relação repasses liquidados pelo Executivo.
O parlamentar sustenta ainda que o gestor se confrontou com as próprias declarações ao comentar sobre as responsabilidades da empresa prevista em contrato. "Ele disse que não houve redução de serviços e somente de pessoal. Quando foi perguntado para ele sobre uma das cláusulas dos relatórios quinzenais de lotes a vencer, ele informou que também foi suprimido. Outro ponto foi ele ter tido que recebeu R$ 7,5 milhões e no site da prefeitura consta como pago R$ 11 milhões", destacou.
Alguns pontos também foram colocados pelos vereadores da oposição que chegaram a exigir um polígrafo, aparelho que funciona como um detector de mentiras. Também foram ouvidos o coordenador de Tecnologia e Informação da Secretaria Municipal de Saúde, Gilmar Cardoso,e o ex-secretário de governo da capital, Lincon Tadeu Sardinha Costa.
Segundo Paccola, todo o material será avaliado pela comissão. "Temos várias possibilidades de elucidar o que está sendo contradito ou que for visto que tem identificações de mentira. Todos os vereadores podem fazer seus requerimentos à CPI dizendo quais pontos e o que ele orienta que seja feito em relação à isso", finalizou.
A próxima oitiva deve ser realizada na próxima quarta-feira (2).
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