Vereador não consta na lista de indiciados da Polícia Federal

O vereador Paulo Henrique (MDB) não consta na primeira lista de indiciados pela Polícia Federal, no bojo da Operação Ragnatela. O parlamentar continua sendo investigado na ação policial que apura uma suposta ligação dele com a facção Comando Vermelho.

A denúncia que baseou a ordem judicial de busca e apreensão contra o vereador aponta que ele é suspeito de receber vantagens para conseguir liberação e licenças em casas de show em eventos promovido pela facção criminosa.

O delegado Antonio Flávio Rocha Freire, que é Supervisor da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Mato Grosso (FICCO-MT), indiciou 20 acusados de envolvimento com a facção criminosa. Destaca-se que a presente investigação resta por ser concluída em relação aos investigados. Entretanto, serão instaurados novos inquéritos policiais para que a investigação possa dar continuidade em relação aos demais investigados que até então não foram objeto de indiciamento e não sofreram medidas constritivas de liberdade, diz.

Segundo as investigações da PF, Paulo Henrique, é ligado aos ex-servidores Rodrigo Leal, o empresário e dono do Dallas Bar Wilian Aparecido da Costa Pereira; e o promotor de eventos Elzyo Jardel Xavier Pires. Esses dois últimos estavam lotados no gabinete do vereador, e tentava influência em liberação de licenças junto a Secretaria Municipal de Ordem Pública e Defesa Civil de Cuiabá (Sorp).

A investigação aponta que ele prestou favores a Rodrigo e a facção, assim como também recebeu. No caso de Paulo Henrique, uma das suspeita é de que ele teria utilizado contas bancárias do Sindicato dos Agentes de Regulação e Fiscalização de Cuiabá (Sindarf) para uso pessoal, como na compra de uma bolsa no valor de R$ 5,9 mil.

Diante das investigações, Paulo Henrique se licenciou do mandato para se defender. Ele também é alvo de investigação da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara Municipal, que ainda aguarda o compartilhamento do inquérito policial para dar andamento nos trabalhos.

Ao todo foram indiciados 20 pessoas, entre eles Rodrigo de Souza Leal, que era cerimonialista da Câmara por indicação de Paulo Henrique, Elzyo Jardel Xavier Pires e Wilian Aparecido da Costa Pereira, ambos assessores do parlamentar.

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