Vereadores aprovam baguncinha como patrimônio cultural de Cuiabá

Os vereadores de Cuiabá aprovaram nesta quinta-feira (3), em segunda votação, o projeto de lei estabelece o famoso baguncinha [sanduíche de rua], juntamente com a maionese temperada, como patrimônio cultural imaterial de Cuiabá. Dos 17 parlamentares presentes na sessão, 16 votaram a favor e um se absteve. Sete vereadores estavam ausentes e o presidente não votou. 

De acordo com o autor do projeto e líder de governo, vereador Adevair Cabral (PTB), a porposta garante segurança aos empreendimentos do ramo que sofreram com a redução do movimento ocasionado pela pandemia da covid-19. O parlamentar defendeu a constitucionalidade da matéria. “O projeto é constitucional. O baguncinha enriquece a gastronomia cuiabana e ainda reverenciamos a dedicação e o esforço dos nossos comerciantes que abrem seus estabelecimentos diariamente para atender bem as nossas famílias”.

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"Dá empregabilidade e sustento a diversas famílias, e, além do mais, transformou-se em um ponto de encontro dos cuiabanos que apreciam comer, beber e conversar. Já é um símbolo tradicional e que faz parte da gastronomia da nossa cidade", completou.  

Não se sabe ainda quando exatamente o baguncinha surgiu na capital mato-grossense. Porém, alguns empreendedores antigos da cidade, afirmam que na década de 1970 é que surgiu um X-Bagunça, que derivou a sua versão menor, o baguncinha, que teria surgido durante o período do governo Fernando Collor e sua crise econômica que assolou o país.  

Com a crise, os proprietários dos carrinhos de comida de rua decidiram 'compactar' o X-Bagunça, dando início ao Baguncinha, que agora é patrimônio cultural e imaterial da nossa cidade, enriquecendo ainda mais a nossa culinária.  

Se é verdade ou mito a história do surgimento do Baguncinha, não sabemos. Mas que ao passar pelas ruas da cidade, sempre veremos pessoas deliciando um belo lanche com a famosa maionese temperada.