Publicidade

Cuiabá, Segunda-feira 08/09/2025

Política Nacional - A | + A

'Eu não sobreviveria na cadeia' 16.05.2025 | 09h45

Com medo da prisão, Carla Zambelli pede à Câmara que suspenda condenação; veja

Facebook Print google plus

Michel Jesus/Câmara dos Deputados

Michel Jesus/Câmara dos Deputados

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) chamou de “injustiça” a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de condená-la a 10 anos de prisão e afirmou que não sobreviveria na cadeia.

 

“Ainda que seja injusta a decisão, eu vou seguir a decisão. Então eu sigo a lei, eu sigo ordem judicial. Se acontecer de ter a prisão, eu vou me apresentar para a prisão. Mas eu hoje não me vejo capaz de ser cuidada da forma como eu tenho que ser cuidada com cuidados constantes”, afirmou a deputada durante coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (15) na sede do PL em São Paulo.


Segundo Zambelli, ela é portadora de uma síndrome chamada Ehlers-Danlos, que afeta os tecidos conjuntivos do corpo. Ela disse ainda que tem um problema no coração chamado síndrome hipercinética postural ortostática, que não permite que ela permaneça muito tempo de pé, e que toma medicamentos para tratar depressão.

 

Leia mais - Bolsonaro admite possibilidade de fraude no INSS ter começado no seu governo

 

“Eu estou pegando vários relatórios dos meus médicos e eles são unânimes em dizer que eu não sobreviveria na cadeia. Então, a gente deve apresentar isso em momento oportuno”, disse.

 

Durante a entrevista, um de seus assessores interrompeu a deputada para lhe entregar remédios. Segundo ele, ela tomou os comprimidos naquele momento porque ele havia esquecido os remédios e atrasado o horário, e não para que tomasse em frente às câmeras.


Julgamento no STF


O ministro Luiz Fux votou nessa quarta-feira (14) para condenar a deputada federal pela invasão ao sistema do CNJ (Conselho Nacional de Justiça). O voto de Fux concluiu o julgamento realizado na Primeira Turma. Zambelli foi condenada por unanimidade a 10 anos de prisão, além da perda do cargo de deputada federal. A parlamentar negou as acusações e afirmou que é vítima de uma injustiça.


Segundo Zambelli, “seria muita burrice” invadir os sistemas do CNJ. “E eu não colocaria o meu mandato em risco por causa de uma brincadeira. Uma brincadeira sem graça”, frisou.

 

Para a PGR (Procuradoria-Geral da República), Zambelli “comandou” e ajudou no “planejamento” do ataque cibernético. O hacker Walter Delgatti confessou os crimes.

 

O advogado da deputada federal, Daniel Bialsky, afirmou que entrará com um embargo de declaração assim que o acórdão for publicado e criticou o julgamento do STF em formato virtual. Segundo a defesa, ele gravou um vídeo rebatendo pontos da acusação e reclamou que teria sido assistido somente pelo ministro relator, Alexandre de Moraes.

 

Os embargos de declaração podem adiar o trânsito em julgado da decisão em algumas semanas. Contudo, o recurso não tem poder de alterar a condenação.

 

Eventual prisão precisa ser autorizada pela Câmara dos Deputados. A perda do mandato seria automática, definida pelo STF ao fim do processo, mas com a declaração sendo feita pela Mesa Diretora da Câmara.

 

Segundo a parlamentar, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos) deu um “sinal verde” ao líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante, para que seja pautada a suspensão da ação penal dela.

 

Questionada se havia sido procurada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a parlamentar disse que não, mas ressaltou que não “esperava ser acolhida”.

 

“De um tempo para cá, eu não esperava ser acolhida. Numa situação como a gente está, é difícil você esperar o acolhimento das pessoas. Mas eu sei que eu tenho o acolhimento da família. A Michelle já me procurou, o Flávio Bolsonaro, o Eduardo Bolsonaro comentou o meu caso. E eu acho que isso, para mim, é suficiente para mostrar que todo o meu trabalho não foi em vão”, afirmou.

 

A deputada sugeriu ainda que jornalistas e parlamentares colocassem o voto do ministro Alexandre de Moraes no ChatGPT e questionassem se há incongruências na condenação. Em seu voto, Moraes disse que a deputada manteve uma “ligação umbilical” com o hacker Walter Delgatti com “objetivos antirrepublicanos”.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Luis Carlos do Espírito santo - 16/05/2025

Para correr atrás do outro armado não tinha não agora que foi condenada apareceu mil problemas de Saúde

WASHINGTON LUIZ - 16/05/2025

quando estava cometendo o crime, ela não pensava que era injustiça, estava abusando do poder, abusando do povo, agora que na casa caiu, fica lamentando, espero que nessa vagabunda fica até sua morte na cadeia, ela merece isso e muito mais, esses bolsonarista achava que podia tudo, vao pagar um a um, próximo e o Bolsonaro a pagar. to no aguarda da prisão dele para comemorar.

2 comentários

1 de 1

Enquete

Está em pauta no STF o pagamento de até 6 meses de pensão pelo INSS a vítimas de violência doméstica afastadas do trabalho. Você concorda com a medida?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Domingo, 07/09/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.