para autoridades públicas 06.05.2024 | 08h53
TCE SP / Divulgação
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) completa 100 anos nesta segunda-feira, 6. Para comemorar a data, o tribunal realiza, a partir das 10h, no auditório Simón Bolívar, no Memorial da América Latina, na Barra Funda, solenidade para entrega do "colar do centenário" para autoridades públicas.
A condecoração foi criada para marcar a comemoração do centenário do tribunal neste ano. Os homenageados receberão o colar, miniatura, roseta e diploma assinado pelo presidente do TCE, Renato Martins Costa, com registro em livro próprio. O colar do centenário homenageia o presidente do Estado de São Paulo (cargo que equivale ao de governador atualmente), Washington Luís Pereira de Sousa, que, por meio de uma lei organizou o Tribunal de Contas em dezembro de 1923 e nomeou os primeiros cinco integrantes do órgão.
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"Entendemos como pertinente a criação de uma comenda para marcar como registro permanente o nosso centenário. Essa outorga é limitada a 100 agraciados, para que esse recebimento ganhe a dimensão, a importância e a relevância que a ocasião impõe", disse Martins Costa, ao outorgar o colar aos membros do tribunal em abril.
De acordo com o tribunal, confirmaram presença no evento desta segunda-feira o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin (PSB), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), o ex-presidente Michel Temer (MDB) e os ex-governadores tucanos João Doria, José Serra e Rodrigo Garcia. Há também confirmação da presença dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, André Mendonça, Cristiano Zanin e Dias Toffoli.
São esperados ainda os ministros do Empreendedorismo, Márcio França (PSB), e da Justiça e Segurança, Ricardo Lewandowski, além do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, o presidente do Tribunal de Contas de Portugal, José Tavares e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
Tribunal ficou fechado de 1930 a 1947
A história do Tribunal de Contas paulista começou, de fato, em 6 de maio de 1924, e acompanhou diversos acontecimentos políticos da capital, do Estado e do mundo. Apenas dois meses depois do começo dos trabalhos dos conselheiros, São Paulo amanheceu sob bombardeio do Movimento Tenentista, que, durante a década de 1920, mobilizou jovens oficiais do Exército contra as oligarquias políticas e deflagrava na capital paulista sua segunda revolta. A primeira ocorreu dois anos antes, no Rio de Janeiro.
O pior momento do TCE, no entanto, ocorreu nas duas décadas seguintes. Por meio do decreto 4793, de 1930, o tribunal foi extinto por determinação do então interventor João Alberto Lins de Barros. época, os servidores com mais de 20 anos de contribuição ao governo estadual puderam requisitar aposentadoria. Os outros, com menos de duas décadas de trabalho, foram remanejados para a Secretaria Estadual da Fazenda.
"Como desdobramento da Revolução de 1930, Washington Luís foi deposto em outubro daquele ano, e Júlio Prestes, que iria sucedê-lo na Presidência, foi impedido de tomar posse. Getúlio Vargas, um dos líderes da revolução, permaneceu no poder até 1945, atuando como chefe do governo provisório, presidente eleito de forma indireta e, a partir de 1937, como ditador.
O Tribunal de Contas, por sua vez, sofreu interrupção em suas atividades devido aos anos de autoritarismo, sendo extinto em 1930 e retomando suas funções somente em 1947?, registra o TCE em sua página histórica.
Ao retornar os serviços no pós-guerra, o Tribunal de Contas paulista conseguiu se fortalecer como instituição e ampliar suas funções. Hoje, ‘compete atuar na fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial do Estado de São Paulo e de seus municípios, exceto o da Capital, bem como na das respectivas entidades de administração direta ou indireta e na das fundações por eles instituídas ou mantidas, quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas‘, de acordo com a legislação.
Contratos fiscalizados pelo TCE não chegam ao MP ou à PGR
Em dezembro do ano passado, o Estadão mostrou com exclusividade que de 193 contratos com irregularidades apontadas pelo TCE-SP ao longo dos anos de 2021 a 2023, apenas 19 foram enviados pela Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) ao Ministério Público ou à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para abertura de investigação.
Os processos são referentes aos contratos e aditivos firmados entre o Governo de São Paulo e seus órgãos com entidades, associações, fundações e empresas nos últimos 15 anos. De acordo com levantamento do Estadão, apenas os processos que chegaram no ano passado à Alesp somam R$ 2,7 bilhões em possíveis irregularidades.
A regra, hoje, diante da inércia dos parlamentares, é o próprio TCE, depois de 90 dias do começo de tramitação no Poder Legislativo, notificar as partes envolvidas e acionar o Ministério Público e a PGE para, caso necessário, abram investigações.
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