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DEU EM A GAZETA 26.03.2023 | 07h11

24 adolescentes se tornam mães a cada dia em Mato Grosso

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Dantielle Venturini

redacao@gazetadigital.com.br

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“É uma sensação estranha de que a gente pulou uma parte importante da nossa vida, de que nossos sonhos acabaram, de medo”. É assim que K.L.B descreve a gestação aos 15 anos de idade. Ela, que entrou na 24ª semana da gravidez, faz parte do universo de mais de 8 mil adolescentes grávidas em Mato Grosso em 2022.

 

Dados da Secretaria de Estado de Saúde apontam que nos últimos 4 anos o número de crianças que nasceram de mães com idades entre 10 a 19 anos caiu 13,7% mas, mesmo assim, continua alto.

 

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Em 2018, o número de nascidos vivos nessa faixa etária era de 9.562 e, em 2022, foram 8.251. Somando os últimos 5 anos e os primeiros dois meses deste ano, são 45.652 adolescentes que tiveram filhos, uma média de 24 nascimentos por dia.

 

Estes nascimentos representam 15% do total de nascidos vivos no Estado no mesmo período, que chegou a 294.624. O que chama atenção nesse universo é a quantidade de crianças nascidas de meninas na faixa etária dos 10 a 14. anos.

 

De 2018 a 2023, 2.370 meninas com menos de 14 anos tiveram filhos no Estado. Vale lembrar que a lei configura o ato sexual nesta idade como crime de estupro de vulnerável, sendo irrelevante eventual consentimento da vítima para a prática do ato ou existência de relacionamento amoroso com o agente.

 

Médica ginecologista e obstetra, Fabiany Bertaglia explica que a gravidez na adolescência traz mais riscos à saúde da mãe e bebê. Segundo ela, para a menina gestante existe maior risco de mortalidade materna, eclampsia, diabetes gestacional, hipertensão, anemia e outros. Para o bebê, é maior a probabilidade de parto prematuro, baixo peso ao nascer, desnutrição e malformações.

 

Pelos menos dois desses riscos já são enfrentados por K.L.B, que engravidou com 14 anos. O bebê está com baixo peso e ela em acompanhamento da pressão. “É considerada uma


gravidez de risco, então tem muitos cuidados”. Ela lembra que desde que descobriu a gravidez, no ano passado, o processo de aceitação não tem sido fácil. “Tenho tentado pensar positivo, mas é muita coisa e tenho medo”.

 

Leia mais sobre Política de MT na edição de A Gazeta

 

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Comentários

Emily - 29/03/2023

É, mas querem colocar ideologia de gênero e falar de sexualidade na escola pra crianças. O que vai evitar isso é planejamento familiar, dar cursos, oportunidades interessantes. Não ficar falando de sexo, sexo, sexo, na escola! A criança tem que aprender profissões e não sexo, isso vai aprender na prática quando for a hora!!

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