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ATENDIMENTO COM VALOR SOCIAL 26.09.2021 | 13h30

Busca por terapias sobe e pessoas chegam mais fragilizadas

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Luiz Leite

Luiz Leite

“As pessoas vêm mais fragilizadas”, avalia o terapeuta Eriseu Ribas Trindade, que há 5 anos mantém o centro Obras Sociais Mei Mei. O local oferece terapias holísticas com valor social e também dias de sessões gratuitas. Durante a pandemia, a busca pelos serviços que ajudam na saúde mental e física subiu e o público também mudou.


Leia também -Saiba identificar os sintomas mentais e físicos do estresse

 

Um estudo divulgado no começo de setembro mostrou que pelo menos metade dos jovens sofreu impactos na saúde mental em decorrência da pandemia. A pesquisa foi realizada pelo laboratório Pfizer e constatou que 39% das pessoas na faixa de idade entre 18 e 24 anos disse que a saúde mental ficou ruim no período e 11% respondeu que ficou muito ruim. Na amostra total, 5% disseram que a saúde mental está muito ruim e 25% ruim, totalizando 30%.


Há o ditado que diz que pessoas buscam ajuda “pelo amor ou pela dor”. No caso do Mei Mei é pela dor, pois os frequentadores chegam ao local quando já estão muito fragilizadas.

 

Luiz Leite

Mei Mei

 Local fica aberto todos os dias

As terapias mais procuradas são reiki, benzimento, barra de accsess, constelação familiar e massagem relaxante. Os atendimentos custam entre R$ 35 e R$ 100. Além disso, todo primeiro sábado do mês tem o dia solidário em que há vários serviços gratuitos no local.


Entre 20 e 30 terapeutas atendem no local e é preciso agendamento, pois os horários não são fixos. Os serviços são prestados de acordo com a disponibilidade de cada profissional, que não se dedicam exclusivamente às obra sociais.


Há dias determinados para as chamadas cirurgias espirituais, que contam com grande quantidade de voluntários para ajudar na organização do local e grande volume de pessoas que buscam ajuda. A última sessão antes da pandemia reuniu 220 pessoas em busca do tratamento.


“As terapias alternativas ou integrativas são muito boas. Antes de eu abrir aqui, participei de algumas sessões no horto florestal, que oferecia trabalho semelhante. Foi uma inspiração para implementar o trabalho aqui. Esse é um espaço de acolhimento. Tem tardes que chega gente aqui e fica batendo papo, não acha jeito de ir embora. Às vezes, a escuta fraterna é o a pessoa precisa”, explica. “O tratamento principal para qualquer sintoma é o acolhimento. A dor é um chamado. Um estímulo para a pessoa buscar. Isso pode ser dor física pela perda, algum sofrimento. Metade do efeito da cura é o desejo de ser curado”, explica.

 

Luiz Leite

Mei Mei

 

Além dos atendimentos, o espaço também oferece cursos para várias terapias.


O terapeuta conta que desde o começo dos atendimentos, mulheres com dificuldade para engravidar compõe um público fiel aos tratamentos. Após sessões das terapias indicadas, muitas delas voltaram para agradecer já com o bebê no colo.


“Elas vêm depois de tentar de tudo, ouvem falar de outras grávidas e buscam nossa ajuda. Elas não tinham nenhum impedimento físico para engravidar. Registramos 16 mulheres que estavam com esse problema e depois voltaram com o filho braço agradecer”, conta.


O terapeuta conta que houve pacientes em tratamento de câncer que também fizeram o acompanhamento no local e voltaram para agradecer a cura.


História
No próximo dia 1º de outubro, o local completa 5 anos de existência. O fundador, Eriseu, lembra que a dor motivou a criação das obras.


Na época, ele estava aposentado após sofrer acidente de trabalho que quase o fez perder o movimento do braço. Antes disso, só se dedicava ao trabalho para sustento dos 7 filhos.


Já dominava a técnica de reiki e estudava outras terapias, quando uma visita se queixava de dores de cabeça e ele ofereceu para sessão. Depois disso, outra pessoa se ofereceu para organizar agenda e ele passou a oferecer o atendimento.


“Eu estava sem trabalhar, tinha esse espaço que já tinha funcionado como creche. E essa visita falou que iria divulgar o trabalho e organizar a agenda. Logo começou a aparecer pessoas em busca de ajuda e foi expandindo. Também fazíamos ações sociais com a comunidade carente”, afirma.


O terapeuta já tinha se utilizado do poder das terapias para recuperar o movimento do braço e aliviar as dores que sentia após o acidente. Já sabia da eficiência do tratamento e queria ajudar outras pessoas.


“Vários terapeutas atendem aqui. Cada um dá o que tem. Fico feliz que muitos deles abriram novos espaços para atendimento na região”, explica o fundador.


Ele explica que duas instituições funcionam no local. Um é o Centro Espírita Mei Mei, com atividades às terças e sextas. Outra é o Obras Sociais Mei Mei que não tem vínculo religioso, oferece atendimento e cursos a qualquer pessoas que os procure.


A esposa e os filhos de Eriseu também são terapeutas e atendem em outros locais e também no espaço.

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