CONTAMINAÇÃO POR METANOL 11.10.2025 | 14h58
mariana.lenz@gazetadigital.com.br
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O risco de consumo de bebidas alcoólicas adulteradas por metanol colocou todo o Brasil em alerta nas últimas semanas. Casos de intoxicação que causaram sérios danos à saúde e até óbitos levaram autoridades a endurecer vistorias em locais de distribuição e venda de bebidas. O comércio também se manteve atento para evitar a perda de clientes pela repercussão dos casos e adotar medidas de segurança.
Enquete feita pelo para ouvir a opinião dos leitores a respeito do tema apontou para mudanças de hábitos na ingestão de bebidas alcoólicas. No entanto, para mais da metade dos votantes a situação é ‘indiferente’, pois não consomem álcool. Neste caso, 51% deles responderam não beber.
Já outros 29% opinaram que de fato deixaram de beber ou reduziram o consumo de álcool por não preferir “arriscar, até a situação ser resolvida". Enquanto isso, outros 20% disseram que não deixaram de beber pois onde moram não foram registrados casos de contaminação.
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O metanol é um solvente altamente tóxico, utilizado em produtos industriais e não é feito para o consumo humano. Quando ingerido, o corpo o transforma em substâncias ainda mais tóxicas, como o formaldeído e o ácido fórmico, que podem causar danos severos à saúde, levar à cegueira e até à morte.
Diante da “vista grossa” das autoridades para evitar perigos aos consumidores, em Mato Grosso diversas fábricas e pontos de distribuição foram interditados por irregularidades. Uma fábrica clandestina de destilados que funcionava dentro de um bar, no bairro Ouro Verde, em Várzea Grande, foi fechada na quarta-feira (8).
A Secretaria Municipal de Ordem Pública (Sorp) de Cuiabá interditou na terça-feira (7) um estabelecimento que operava de forma irregular como distribuidora de bebidas e oficina mecânica, na avenida Beira Rio. Durante a ação, foram apreendidas diversas bebidas, 175 pallets sem nota fiscal e uma quantidade de água com gás fora do prazo de validade.
No dia 30 de setembro, três homens foram presos suspeitos de adulterar bebidas alcoólicas em uma fábrica clandestina no bairro Cidade Nova, em Nova Mutum (269 km de Cuiabá). Eles confessaram à polícia que utilizavam soda cáustica para trocar o rótulo dos produtos
Mato Grosso teve um caso analisado como suspeito, porém descartado após exames. De acordo com o boletim mais atualizado do Ministério da Saúde com dados até essa sexta-feira (10) foram realizadas 246 notificações em todo o Brasil, sendo 29 casos confirmados e 217 em investigação. Outras 249 suspeitas foram descartadas.
Até o momento, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul são os estados com casos confirmados por esse tipo de intoxicação. Ao todo, foram registrados 25 casos em SP, 3 no PR e 1 no RS.
O estado de São Paulo está investigando 160 notificações, o que representa 73,73%. Em seguida, aparecem Pernambuco com 31 suspeitas, Rio Grande do Sul (4), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (4), Rio de Janeiro (3), Espírito Santo (3), Goiás (2), Alagoas (1), Bahia (1), Ceará (1), Minas Gerais (1), Rio Grande do Norte (1) e Rondônia (1).
Em relação aos óbitos, 5 foram confirmados no estado de São Paulo e 12 seguem em investigação, sendo 1 no Ceará, 1 em Minas Gerais, 1 no Mato Grosso do Sul, 3 em Pernambuco e 6 em São Paulo.
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