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caso isabele 25.07.2023 | 11h58

'Estão matando minha filha novamente', afirma mãe sobre extinção de processo

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Luiz Leite/Reprodução

Luiz Leite/Reprodução

“O que aconteceu comigo pode acontecer com qualquer família”, afirma Patrícia Hellen Guimarães Ramos, mãe de Isabele Guimarães, morta em julho de 2020. Desabafo foi feito após decisão da Justiça de extinguir ação contra assassina.


Em trecho da decisão publicada na última semana, a magistrada considera o fato de que a socioeducanda está prestes a alcançar a maioridade civil e “demonstrou o interesse em traçar novos objetivos longe do ambiente deletério da reiteração infracional”.


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Adolescente chegou a cumprir medida de internação de 1 ano e 5 meses pelo ato infracional análogo ao homicídio qualificado. Mas em decisão colegiada da 3ª Câmara do Tribunal de Justiça, no dia 8 de junho de 2022, o ato infracional foi desqualificado para homicídio culposo e B.D.O.C. imediatamente teve a internação substituída pela liberdade assistida.
Isabele foi morta com um tiro no rosto e o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) confirmou que o disparo ocorreu a curta distância, sem chance para defesa da vítima.


“A cada decisão, com um resultado como este, tenho a mesma sensação horrível do dia que vi o corpo da minha filha estirado no chão sobre uma poça de sangue. Talvez este pessoal não saiba, mas, eles estão matando a minha filha novamente. Como pode a ‘Justiça’, simplesmente ignorar todas as provas técnicas obtidas através de inquestionáveis perícias realizadas por profissionais gabaritados e mudarem a tipificação do crime cometido, comprovadamente a sangue frio contra a vida da minha filhinha, que não teve a mínima chance de se defender?, diz trecho de nota emitida pela mãe.
Logo que saiu do socioeducativo a menor voltou aos estudos e foi hostilizada pelos colegas de classe. Durante visita a um salão de beleza, ela também foi maltratada durante atendimento.


“Lembrem-se que, o que aconteceu comigo, pode acontecer com qualquer família! Saibam que jamais me calarei e continuarei a minha luta para que a verdade dos fatos daquele terrível dia 12 de julho de 2020 seja restabelecida”, diz outro trecho do comunicado.

 

Confira nota na íntegra
É com muito pesar e uma tristeza profunda que recebi a notícia que a Justiça encerrou o processo contra a assassina da minha filha.

 

A cada decisão, com um resultado como este, tenho a mesma sensação horrível do dia que vi o corpo da minha filha estirado no chão sobre uma poça de sangue.

 

Talvez este pessoal não saiba, mas, eles estão matando a minha filha novamente.

 

Como pode a “Justiça”, simplesmente ignorar todas as provas técnicas obtidas através de inquestionáveis perícias realizadas por profissionais gabaritados e mudarem a tipificação do crime cometido, comprovadamente a sangue frio contra a vida da minha filhinha, que não teve a mínima chance de se defender?

 

Lembrem-se que, o que aconteceu comigo, pode acontecer com qualquer família!

 

Saibam que jamais me calarei e continuarei a minha luta para que a verdade dos fatos daquele terrível dia 12 de julho de 2020 seja restabelecida.

 

Não terei mais a minha Bele de volta e por isto, a minha alma chora e clama por justiça.

Patrícia Hellen Guimarães Ramos

 

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Comentários

Benedito da costa - 26/07/2023

Sou solidário a esta mãe que sofre até hoje pela perda da filha tragicamente e ainda pela falta de justiça em relação ao caso que tão tratando pelo poder aquisitivo da assassina e não pelo crime que ela cometeu friamente. Por certo que a justiça da terra não tá resolvendo, mais a divina resolverá o caso.

GERSON APARECIDO DE ALENCAR - 25/07/2023

Infelizmente é assim na justiça brasileira. Isso teria que acontecer nas famílias desses magistrados para que houvesse justiça.

conde - 25/07/2023

A justiça no Brasil , ainda é para PPP

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