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desarmonização facial 20.10.2024 | 11h20

Filtros e comparação levam a intervenções exageradas e pacientes irreconhecíveis

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Aline Costa - Especial para o GD

redacao@gazetadigital

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O Brasil é o segundo país que mais realiza procedimentos estéticos no mundo e o líder no ranking quando esses são cirúrgicos. Uma das intervenções que tem ganhado visibilidade é a harmonização facial, que, com excesso e tempo, pode causar insatisfação nos pacientes e falta de identificação com a imagem mostrada no espelho e, a partir daí, torna-se necessária a realização de uma desarmonização facial.

 

De acordo com a pesquisa anual da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), em 2023, o Brasil realizou cerca de 3,3 milhões de procedimentos estéticos, sendo o segundo país no mundo a mais realizar, atrás apenas dos Estados Unidos.

 

As redes sociais, com filtros e padrões de beleza são um dos fatores que influenciam diretamente no desejo e na busca por mudanças que podem não combinar com cada pessoa. Famosos, como Gracyanne Barbosa, Gkay e Lucas Lucco passaram pelo procedimento de harmonização, mas não encontraram satisfação nos resultados e optaram por reverter os resultados.

 

Para entender esse fenômeno e como evitá-lo o #gd conversou com Simone Finke, dentista especializada em harmonização orofacial que defende o limite para a realização de harmonizações. Para ela, a atitude do profissional é essencial para instruir os pacientes sobre a quantidade necessária de procedimentos para realçar a beleza individual e não como forma de alcançar resultados irreais vistos na internet ou em outras pessoas.

Reprodução

Simone Finke - Dentista

Simone Finke, especialista em harmonização orofacial

 

“Muitas pessoas vêm buscando uma imagem que, às vezes, elas viram em outras pessoas ou em artistas. Tem gente que chega aqui e diz ‘doutora, eu queria o lábio da Angelina Jolie’, mas esse lábio não cabe dentro da face dela e não dá para chegar a uma proporção igual”, relatou. 

 

Ela explica que a harmonização facial é um procedimento que deve ser realizado aos poucos, analisando o quadro de evolução e recuperação de cada indivíduo.

 

Quando a desarmonização é necessária?

O ácido hialurônico, material utilizado na harmonização facial, quando utilizado em exagero, pode trazer inchaço ao rosto, aumentando o volume e deixando o paciente irreconhecível para si mesmo em determinado tempo após o procedimento. O material é hidrofílico, ou seja, absorve água, o que com o tempo pode aumentar o inchaço.

 

A partir de harmonizações que não resultaram em um efeito desejado, surgiu o processo de desarmonização, em que se aplica uma enzima no rosto, capaz de diluir e retirar o ácido hialurônico que foi aplicado no processo de harmonização.

 

Simone Finke explicou que já realizou o procedimento de desarmonização em pacientes que a procuraram para reduzir o tamanho dos lábios e maçãs do rosto, que ficaram exagerados em procedimentos realizados anteriormente. Ela explica, porém, que é algo realizado em menor quantidade do que as harmonizações.

 

Em procedimentos estéticos, é papel do profissional instruir cada pessoa sobre o uso do produto, sobre a demora nas aplicações, que entenda o tempo necessário entre diferentes seções de aplicação e que deixe explícito ao paciente que o resultado de uma harmonização não é visível após a primeira seção, requer paciência e cuidado.

 

“A gente, como profissional, tem que fazer uma coisa ponderada, mostrando para o paciente uma reconstrução. Não adianta querer colocar muita coisa, que o paciente vai sair deformado”, explicou a profissional.

 

Por fim, ela ressalta que, assim como o processo de envelhecimento é demorado no organismo humano, o processo de reconstrução não é rápido e a mudança na face deve ser realizada com cautela e cuidado com a individualidade de cada um.

 

“Você não envelhece de uma hora para outra, não perdeu sustentação em um dia, tudo é um histórico. Você leva anos para perder algo, então o processo estético deve ser devagar e com cautela. Aí, sim, será ressaltada a beleza e autoestima do paciente”, finaliza ela.

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