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CAOS INSTAURADO 24.06.2020 | 10h11

Secretário admite erro na pandemia e defende 'kit covid'

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Mayke Toscano/Secom

Mayke Toscano/Secom

O secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, admitiu que o Brasil errou no começo da pandemia, em março, quando orientou a população a buscar atendimento em só em casos graves da covid-19. Durante entrevista coletiva on-line na manhã desta quarta-feira (24), o gestor afirmou que o caos está instalado e não há previsão para que esse cenário melhore. Ele também falou sobre elaborar um “kit covid” para tratar a doença e descartou a possibilidade decretar lockdown em todo o estado.

 


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Durante live na página do governo do Estado, o secretário afirmou que a taxa de ocupação nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) do estado estava em 87% na terça-feira (23), mas que esse número já deve ter ultrapassado os 90% nesta quarta-feira.


Ressaltou ainda que o Brasil errou ao recomendar que as pessoas buscassem atendimento só em estado grave. “Hoje reconhecemos isso. Pois as pessoas já chegam às unidades em quadro acentuado e precisam de UTI, nem ficam na enfermaria. O que deveria ser o último suspiro, a última instância de atendimento, se tornou a primeira. A saúde está colapsada e sem perspectiva de melhorar”.


Hoje há 600 vagas de enfermaria disponíveis em Mato Grosso e menos de 30 leitos de UTI para a população. Ele ainda destaca deficiência na atenção primária em atender aos pacientes que chegam com sintomas de covid-19. Há locais em que faltam medicamentos, mesmo as prefeituras tendo recebido repasses substanciais para aquisição e insumos.


O secretário pontua que está em andamento a implantação de 100 leitos de UTI no estado, no entanto, o processo tramita na velocidade necessária para amenizar o casos vividos atualmente. Afirma que a criação esbarra em itens como a falta de pessoal, dificuldade na compra e instalação de equipamentos e também compra de medicamento, que já começaram a faltar.


Ainda nesta quarta-feira o Estado fará uma compra emergencial de medicamentos a serem distribuídos na atenção básica de algumas cidades que não conseguiram adquirir os remédios. Ainda explica que o apelidado “kit covid”, com conjunto de medicações para tratar a doença de forma precoce.


“Eu nunca disse que era contra o Kit covid. O que eu não concordo é em fazer um pacotinho e distribuir indiscriminadamente para as pessoas. Se houver receita médica, acredito que ele pode ser entregue sim para tratar as pessoas de forma precoce, ainda na atenção básica e impedir que cheguem à UTI”, explica. O governador Mauro Mendes (DEM) já sinalizou favorável ao kit e Várzea Grande começou a distribuir a medicação essa semana.

 

Lockdown em todo o Estado
Após decisão judicial que mandou fechar todo o comércio não essencial em Cuiabá e Várzea Grande, a prefeita Lucimar Campos (DEM) já disse que irá cumprir e suspender funcionamento na quinta-feira (25). Já Emanuel Pinheiro (MDB) é resistente a decisão e quer que a decisão atinja todo o estado.


Ele argumenta que cidades em que não é fechado o comércio, há maior contaminação pelo coronavírus e esses pacientes são trazidos para a capital, sobrecarregando os hospitais.


Figueiredo é contra a ampliação da decisão, pois as cidades têm realidades diferentes. Ele explica as medidas : “você tem 5 filhos e um deles está com febre, você vai dar analgésico para todos eles: Não vai”.


Ele ainda criticou a postura do gestor “então só vou fazer algo se todos fizerem?”.


“Tem prefeito que fala que não precisa fechar, que isso é medida extrema, que as coisas estão sob controle. O que precisa acontecer então? 90% das UTI’ estão ocupadas”, afirma.


O gestor pontua que está havendo dificuldade na regulação de pacientes para a UTI, por isso há fila de espera mesmo com poucas unidades ainda abertas. Quem decide quem vai para a UTI é o médico regulador. Não sei números, mas há fila de espera”, pontua.


Hoje Mato Grosso tem 35% de taxa de isolamento, o que é muito baixo para conter a disseminação do novo coronavírus.
O estado tem 11.017 casos confirmados de covid-19 e 423 motes pela doença.

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Comentários

Carlos Eduardo - 25/06/2020

Me desculpe sr secretário, o senhor teve tempo suficiente pra evitar tudo isso. Agora é tarde. Vocês só vieram querer mostrar alguma coisa depois que o seu chefe contraiu a doença. Vocês terão respostas nas urnas sem contar que vão prestar conta perante Deus

parasita - 24/06/2020

secretário de saúde do estado, gilberto figueiredo é incoerente. Na sede da secretaria está executando obras de reformas com grande aglomeração e os servidores correndo grande risco de serem infectados. Só agora a secretaria está cumprindo o decreto e os servidores estão trabalhando das 7:30h às 13:30h, com revezamento, mas estão querendo rever isso. Quando o servidor testa positivo, simplesmente some e abafam o caso. Só depois que se fica sabendo que está com o virus. Também estão impedindo os servidores de exercerem o direito de tirarem férias ou licença,

Carla - 24/06/2020

Esse secretário agora vem falar que o Brasil errou, dê nome aos bois. Como secretário ficou fazendo o que esse tempo todo?

ROSINO BOMFIM - 24/06/2020

Ou seja !! BOLSONARO TEM RAZÃO !! IMAGINEM QUANTAS VIDAS PODERIAM SER SALVAS DESDE O INÍCIO ?? MAS SÓ POR PICUINHAS O STF TIROU AS RESPONSABILIDADES DO PRESIDENTE DE CUIDAR DA POPULAÇÃO.

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