Sindicato descarta falta de combustível nos postos de Mato Grosso

Em meio aos bloqueios de rodovias estaduais e federais, o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Estado do Mato Grosso (Sindipetróleo-MT) afirmou que, no momento, o estado não corre risco de desabastecimento de combustíveis.

Segundo o órgão, estoques de segurança estão sendo utilizados a fim de manter reservas que garantam o abastecimento.

“Existem normativas da Agência Nacional de Petróleo que determinam estoques mínimos para as bases das distribuidoras e isso, com certeza, está sendo utilizado agora, tanto que não há relatos de falta de produtos nas distribuidoras”, escreveu o Sindipetróleo.

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O diretor-executivo do órgão, Nelson Soares, disse ao que o estoque só corre risco de ser zerado caso nenhum produto passe pelas vias. “Até agora não teve problema, tanto que Cuiabá está bem abastecida". “Não temos notícias de nenhum posto desabastecido”

Questionado qual o posicionamento do sindicato sobre as manifestações antidemocráticas, o diretor disse: "Nós não temos posicionamento nenhum”.

Em Mato Grosso, ao menos 11 trechos de rodovias estaduais e federais registram bloqueios e atos golpistas de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Eles pedem intervenção militar e apontam, sem provas, fraudes nas eleições.

Em um comunicado, divulgado na tarde desta terça-feira (1º), a Confederação Nacional da Indústria (CNI) pediu a imediata liberação das estradas sob o risco de desabastecimento e afirmou que a indústria já sente impactos no escoamento da produção e relatou casos de impossibilidade do deslocamento de trabalhadores.

“A Confederação Nacional da Indústria (CNI) alerta para o iminente risco de desabastecimento e falta de combustíveis, caso as rodovias não sejam rapidamente desbloqueadas”, disse.

“O setor industrial se posiciona contrariamente a qualquer movimento que comprometa a livre circulação de trabalhadores e o transporte de cargas, e que provoque prejuízos diretos no processo produtivo e na vida dos cidadãos - os mais impactados com essa situação”, disse.