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Império nas redes sociais 21.03.2022 | 13h52

Entenda como o esquema de rifas ilegais deixou youtuber milionário

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Redes Sociais/Reprodução

Redes Sociais/Reprodução

O youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, o Klebim, alvo de operação da Polícia Civil do Distrito Federal nesta segunda-feira (21), construiu um império com a venda e divulgação de rifas ilegais nas redes sociais. O negócio é proibido por ser considerado exploração de jogos de azar. O influencer também é investigado por lavagem de dinheiro, que pode render até 12 anos de prisão.

 

De acordo com o Ministério da Economia, mesmo que o dinheiro arrecadado com a rifa seja utilizado em projetos de caridade, a prática é considerada clandestina. A legislação permite apenas a instituições filantrópicas sorteios com venda de cotas, e é necessária uma autorização especial. Nesse caso, os sorteios devem ser realizados exclusivamente pela Loteria Federal.

 

De acordo com a Polícia Civil do DF, o youtuber era o cabeça da organização criminosa e, junto com ele, foram presas três pessoas: Pedro Henrique Barroso de Neiva, 37 anos; Vinícius Couto Farago, 30; e Alex Bruno da Silva Vale, 28. Os mandados são de prisão temporária, por cinco dias.

 

Os veículos divulgados nos sorteios eram personalizados com rodas, suspensão e som especiais, e as rifas eram anunciadas em um site e nas redes sociais. Como têm milhões de seguidores nas redes sociais, os investigados conseguiam vender facilmente os bilhetes e arrecadavam valores astronômicos.

 

As rifas eram vendidas por meio de plafaformas digitais como Mercado Pago e PayPal, e caíam diretamente na conta das empresas de fachada, segundo a polícia, como a Estilo DUB Publicidade. Os valores eram utilizados para comprar novos veículos, registrados em nome de testas de ferro. O esquema, de acordo com a investigação, "era altamente lucrativo e apurou-se que os criminosos movimentaram R$ 20 milhões em apenas dois anos."

 

Klebim foi preso na casa em que mora com a mãe e a companheira, no Park Way. Quatro carros estavam na garagem da residência, entre eles um Lamborghini Huracán, avaliado em R$ 3 milhões, e uma moto aquática. Também foi sequestrada uma mansão no Park Way, determinado o confisco de R$ 10 milhões das contas dos investigados e apreendidos celulares e computadores, com autorização da Justiça.

 

Investigações
O grupo foi preso durante a Operação Huracán, da DRF/Corpatri (Divisão de Repressão a Roubos e Furtos, da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais). Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Águas Claras, no Guará e em Samambaia.

 

Segundo a investigação, o grupo atuava desde 2021 no sorteio de veículos por meio de rifas. As investigações mostram que eles faziam a lavagem do dinheiro com empresas de fachada e testas de ferro, que são pessoas que emprestavam o nome ao grupo.

 

As investigações revelaram também que o grupo era liderado por Klebim. Ele tem quase 4 milhões de seguidores nas redes sociais: são 1,4 milhão na página pessoal do Instagram, 1,3 milhão na página da empresa EstiboDub e 1,27 milhão no canal da empresa no YouTube.

 

Pelas redes sociais, Klebim promovia rifa de veículos de forma proibida. Os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais e as rifas eram anunciadas no sítio eletrônico dfrifas.com.br.

 

"O dinheiro das rifas ilegais era lavado em empresas de fachada e depois utilizado na aquisição de veículos e propriedades de alto luxo. O ajuste criminoso era estável e capitaneado por 'influenciadores digitais', que arrastavam milhares de seguidores com o falso discurso de legalidade das rifas de veículos", detalha Fernando Cocito, diretor da DRF.

 

O R7 tenta contato com a defesa dos quatro presos na operação. O espaço segue aberto para manifestações.

 

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