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COMPRA DE VAGA NO TCE 07.02.2022 | 15h23

Após pedido de Blairo, juíza cancela oitiva de Silval, Riva e mais 2

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João Vieira

João Vieira

O ex-ministro da Agricultura e ex-governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PP), solicitou a prescrição da ação penal que investiga a compra de vaga no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) com o seu possível aval. 

 

O pedido consta na decisão da juíza da Vara Especializada em Ação Cível Pública, Célia Regina Vidotti, que adiou os depoimentos que ocorreriam nesta segunda-feira (7). Seriam ouvidos o ex-governador Silval Borbosa, o ex-presidente da Assembleia, José Geraldo Riva, o conselheiro do TCE, Sérgio Ricardo, e o ex-secretário da Assembleia, Luiz Márcio Bastos Pommot.  

 

"Defiro o pedido de Id. nº75011346 e, por conseguinte, cancelo a audiência designada para o dia 07 próximo. Intimem-se  as  partes  e, em  seguida, retornem os autos conclusos ao magistrado titular, para a apreciação dos pedidos pendentes e,sendo  o  caso, redesignação  da  audiência", diz trecho da decisão da última sexta-feira (4).  Além de Maggi, Sérgio Ricardo, Eder Moraes e Alencar Soares também pedem prescrição do caso.

 

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Caberá ao juiz titular do caso, Bruno D'Oliveira Marques, decidir sobre os pedidos. A ação penal acusa Sérgio Ricardo de comprar uma vaga no Tribunal de Contas do Estado (TCE) em 2009 por mais de R$ 12 milhões.  

 

A denúncia é baseada na delação do empresário Júnior Mendonça, na Operação Ararath, e foi complementada pela delação de Silval Barbosa, que teria confirmado o suposto esquema de compra de vagas no Tribunal de Contas do Estado (TCE) com aval do então governador Blairo Maggi, em 2009.        

 

De acordo com as investigações, naquele ano o então deputado estadual Sérgio Ricardo teria pago R$ 4 milhões ao conselheiro do TCE, Alencar Soares, para ocupar sua cadeira quando este se aposentasse.

 

Para descaracterizar o ato ilícito, Alencar teria devolvido a mesma quantia a Sérgio Ricardo, dinheiro oriundo de uma factoring, com intermediação do ex-secretário de Fazenda à época, Eder Moraes, e aval do governador Maggi.            

 

Alencar também teria recebido outros R$ 4 milhões das mãos de Júnior Mendonça, a pedido de Eder com o suposto consentimento de Maggi, conforme a denúncia. 

 

 O caso veio à tona em maio de 2014, quando o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou busca e apreensão contra o então senador Blairo Maggi, Sérgio Ricardo e o ex-governador Silval Barbosa. As buscas tiveram com base a delação do empresário Júnior Mendonça, primeiro delator da Ararath.                  

 

A partir daquela operação foi descoberto que o caso não se tratava só de uma compra de vaga para o TCE e sim um grande esquema de lavagem de dinheiro, através de triangulações financeiras, para financiamento de campanha e enriquecimento ilícito de agentes públicos.                    

 

O fato chegou a ser investigado na Corte Suprema, porém, o ministro Dias Toffoli atendeu a um pedido do então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e arquivou o inquérito por falta de provas. Com a delação do ex-governador Silval Barbosa, a PGR alegou que novas provas foram acrescentadas e, por isso, a denúncia foi apresentada. Porém, uma liminar do TRF-1 no início do ano trancou a investigação na esfera criminal na Justiça Federal.

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