Publicidade

Cuiabá, Quinta-feira 11/09/2025

Judiciário - A | + A

APONTA ILEGALIDADES 24.05.2024 | 11h04

Bombeiro denunciado por morte de aluno pede anulação de inquérito

Facebook Print google plus

Otmar de Oliveira

Otmar de Oliveira

Daniel Alves de Moura e Silva, capitão do Corpo de Bombeiros, pede a anulação do inquérito policial militar (IPM) que apura a morte do aluno soldado Lucas Veloso Peres, ocorrido em fevereiro deste ano. A defesa dele apontou ilegalidades.

 

Leia também - ‘Está sendo mal orientado, espero que não por má-fé’, diz ex-PGJ após falas de Mauro sobre o Cristalino II

 

O capitão Daniel e o soldado Kayk Gomes dos Santos foram denunciados pelo Ministério Público Estadual pelo homicídio duplamente qualificado de Lucas. O órgão também pediu o pagamento de R$ 1 milhão à família da vítima.

 

Ao , a advogada que patrocina a defesa de Daniel, Priscila Kate Alves dos Santos Porto, disse que entrou com um recurso de exceção de nulidade com base em algumas ilegalidades que foram identificadas.

 

Uma delas seria a convocação de um militar da reserva para atuar como responsável pelo IPM, o que não é permitido, além do fato de que ele não é especialista em salvamento aquático.

 

"Todas as questões arguidas na exceção tem base legal nas normas que regulamentam o Inquérito Policial Militar, desde o Código de Processo Penal Militar, Estatuto dos Militares do Estado de Mato Grosso e outras, que dispõem sobre o ato de nomeação para determinar quem deverá ser o encarregado pelo IPM e como deverá ser convocado, não havendo sido respeitado o que a legislação determina", disse a advogada.

 

Além da nomeação do encarregado estar fora dos termos da legislação, a defesa também pontuou que se sente prejudicada já que outras diligências necessárias não foram realizadas, como oitivas com médicos e outros profissionais que poderiam atestar questões relativas a provas colhidas.

 

“Respeitamos ao máximo o sigilo do IPM, mas diante as manifestações do MP precisamos de igual modo trazer a ótica da defesa. Categoricamente reafirmamos a inocência do capitão e elucidamos que em momento algum ele tenha praticado qualquer ato contra o aluno soldado. O capitão lamenta profundamente a morte do aluno soldado, e respeita ao máximo a dor da família, mas a sua defesa não deixará de compartilhar a verdade e manifestar sua defesa judicialmente e perante a sociedade”, disse a advogada.

 

Por fim, ela destacou que o capitão já teve seus serviços enaltecidos em outras ocasiões, mas agora está sendo “crucificado”.

 

"Salientamos que a pessoa que hoje é crucificada dentro de um ambiente de treinamento, onde a todo momento buscou capacitar os alunos a serem os melhores bombeiros para salvaguardar a sociedade que precisa de uma atuação eficiente, é também o mesmo capitão que fora condecorado pela sociedade por seus diversos feitos de excelência, sendo muito respeitado por todos, antes dos lamentáveis fatos".

 

O caso
Consta no documento que o capitão Daniel Alves de Moura e Silva foi o responsável por comandar a atividade prática de instrução de salvamento aquático, tendo como monitores o soldado Kayk Gomes dos Santos e o soldado Weslei Lopes da Silva.

 

Conforme a dinâmica proposta, a cada dois alunos, um deveria portar o flutuador do tipo Life Belt. Nessa divisão, o soldado Lucas Veloso Peres ficou com a missão de levar o equipamento. Após percorrer aproximadamente 100m da travessia a nado, o aluno passou a ter dificuldades na flutuação e parou para se recompor, utilizando o Life Belt.

 

Desconsiderando o estado de exaustão do soldado, o capitão determinou que ele soltasse o flutuador e continuasse o nado. A vítima tentou dar prosseguimento à atividade por diversas vezes, voltando a buscar o flutuador em razão das dificuldades.

O capitão insistiu para que o soldado soltasse o equipamento de segurança, proferindo ameaças, até que determinou ao soldado Kayk Gomes dos Santos que retirasse o flutuador da vítima.

 

O monitor retirou o Life Belt de Lucas e lhe deu “vários e reiterados caldos”. Desesperado e com intenso sofrimento físico e mental, a vítima passou a clamar por socorro e pedir para sair da água.

 

O capitão, que estava em uma prancha, desceu do equipamento, ordenou que os alunos continuassem a travessia e disse que supervisionaria o aluno. Ele se posicionou à frente da vítima quando percebeu que ela submergiu. Ao retornar à superfície, Lucas Veloso Peres estava inconsciente. A vítima foi colocada na embarcação e imediatamente constatada que “não havia pulsação carotídea, e, portanto, havia entrado em parada cardiorrespiratória”. O aluno faleceu no local.

Voltar Imprimir

Publicidade

Comentários

Enquete

Está em pauta no STF o pagamento de até 6 meses de pensão pelo INSS a vítimas de violência doméstica afastadas do trabalho. Você concorda com a medida?

Parcial

Publicidade

Edição digital

Quarta-feira, 10/09/2025

imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
imagem
btn-4

Indicadores

Milho Disponível R$ 66,90 0,75%

Algodão R$ 164,95 1,41%

Boi à vista R$ 285,25 0,14%

Soja Disponível R$ 153,20 1,06%

Publicidade

Classi fácil
btn-loja-virtual

Publicidade

Mais lidas

O Grupo Gazeta reúne veículos de comunicação em Mato Grosso. Foi fundado em 1990 com o lançamento de A Gazeta, jornal de maior circulação e influência no Estado. Integram o Grupo as emissoras Gazeta FM, FM Alta Floresta, FM Barra do Garças, FM Poxoréu, Cultura FM, Vila Real FM, TV Vila Real 10.1, TV Pantanal 22.1, o Instituto de Pesquisa Gazeta Dados e o Portal Gazeta Digital.

Copyright© 2022 - Gazeta Digital - Todos os direitos reservados Logo Trinix Internet

É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem a devida citação da fonte.