Conselho de sentença é formado para julgamento de PMs

A 11ª Vara Militar de Cuiabá sorteou os juízes militares que irão compor o Conselho de Sentença para o julgamento sobre a morte do 2° tenente do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Carlos Henrique Paschiotto Scheifer, em maio de 2017. A primeira audiência de instrução está marcada para o dia 3 de abril, no Fórum de Cuiabá, e será presidida pelo juiz titular, Marcos Faleiros.

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São réus no processo criminal os policiais militares Lucélio Gomes Jacinto, Joailton Lopes de Amorim e Werney Cavalcante Jovino. Eles são acusados por ter praticado homicídio triplamente qualificado contra a vítima.

Todos estão presos preventivamente em quartéis diferentes de Cuiabá. A defesa dos respectivos réus afirmaram estar recorrendo ao Tribunal de Justiça para obter o habeas corpus dos clientes, ao qual afirmam ser medida "excessiva ao extremo" mantê-los presos.

Fazem parte do Conselho o major Heitor Fernandes, o coronel Nerci Adriano Dernardi, capitão Rondon Souza Alves, o suplente 1° tenente Felipe Silva de Almeida, capitão Marcos Gomes de Freitas, o suplente Daniel Alves Moura e Silva e o capitão Marco Antonio Souza.

Entenda o caso

A motivação do crime, segundo o MPE, foi evitar que o tenente Sheiffer adotasse medidas contra os denunciados que pudessem resultar em responsabilização e, até mesmo eventual perda da farda, por desvio de conduta em uma operação que culminou na morte de um dos suspeitos de roubo na modalidade “novo cangaço”.

Conforme os autos do MPE houve divergências no registro de uma ocorrência sobre a morte de um suspeito, em que a vítima e o cabo Jacinto se desintenderam por conta de declarações falsas inseridas no boletim.

No mesmo dia Sheiffer foi morto por tiro na região do abdomên, durante diligência realizada no local de um confronto ocorrido no dia anterior.

Os colegas de farda relataram que o tenente foi atingido por um suspeito que estava em meio à mata. Porém ficou comprovado que o projétil alojado no corpo do tenente partiu de um fuzil portado pelo Cabo PM Lucélio Gomes Jacinto.

Desde então os militares têm mudado as versões sobre o fato ocorrido no dia da morte de Carlos Henrique Paschiotto Scheifer.