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8 tiros 23.01.2025 | 13h53

Criminoso é condenado por matar vítima que furtou botijão de gás em sua casa

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Marcus Vaillant

Marcus Vaillant

Jonildo Pereira da Silva, vulgo “Juca”, foi condenado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá a 5 anos de prisão, em regime semiaberto, pelo homicídio de Waldenir Figueiredo Ajala, vulgo “Sarita”, ocorrido no ano de 2011. Os jurados reconheceram que o réu agiu após um furto e ameaças de morte feitas pela vítima.

 

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O crime ocorreu no dia 10 de junho de 2011, por volta das 13h, no bairro Tancredo Neves, próximo à Açofer e o julgamento só foi realizado na tarde da última terça-feira (21).

 

O Conselho de Sentença reconheceu a materialidade do crime, reconheceu a autoria de Jonildo e não o absolveu, porém, reconheceu que ele agiu em seguida à injusta provocação da vítima. Isso porque, segundo a última versão que Jonildo deu sobre os fatos, “Sarita” furtou a casa dele, o que culminou em uma discussão seguida por agressão e ameaça de morte feita pela vítima.

 

Ainda segundo Jonildo, 3 dias depois do furto, “Sarita” passou em frente à casa dele. Com medo, o réu correu para o mato e ficou escondido com uma arma de fogo. No entanto, a vítima teria ido atrás dele, que então sacou a arma e efetuou diversos disparos, atingindo “Sarita” com 8.

 

Em decorrência da decisão dos jurados, a juíza Mônica Catarina Perri Siqueira, da 1ª Vara Criminal de Cuiabá, declarou Jonildo Pereira da Silva culpado pelo homicídio de Waldenir Figueiredo Ajala. Ao calcular a pena a magistrada considerou o número de tiros que o réu acertou na vítima.

 

“Em que pese o Conselho de Sentença ter reconhecido que o acusado agiu sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida à injusta provocação da vítima, ante o excessivo número de tiros, a sua conduta extrapolou a descrição da figura típica, merecendo ser mais severamente apenada”.

 

A pena foi definida em 5 anos de prisão em regime semiaberto, com direito de recorrer em liberdade. A juíza justificou que a vítima contribuiu para o desenrolar dos fatos.

 

“Em face do reconhecimento do homicídio privilegiado é forçoso reconhecer que o comportamento da vítima contribuiu para a prática delitiva, ao furtar a casa do acusado e ameaça-lo de morte”, explicou.

 

A versão antiga
Jonildo disse que conhecia “Sarita” e sabia que a vítima era usuária de drogas e não tinha residência fixa. “Juca” contou que uma semana antes do crime foi armado atrás de “Sarita” em companhia de um amigo, após a vítima ter furtado um botijão de gás da casa dele.

 

Durante a noite a dupla foi a uma festa e no retorno eles resolveram ir até o local onde “Sarita” costumava ficar, para lhe dar um “susto”. Eles chegaram a um terreno baldio nos fundos da lagoa e constataram que “Sarita” estava em um barraquinho com sua companheira, que dormia.

 

Jonildo então foi até um mato onde escondeu seu revólver calibre 32 e retornou, mas “Sarita” já havia corrido porque o avistou de longe. Ele disse que deu dois tiros na direção da vítima, mas não a atingiu. “Juca” então foi ao barraco onde a companheira de “Sarita” estava e mandou ela sair, ateando fogo no barraco em seguida.

 

O homem disse que achou que “Sarita” estava atrás dele, para matá-lo, e por isso decidiu dar um tempo na casa de sua companheira à época, em outra região. Passados uns dois dias Jonildo retornou para a casa de sua mãe no bairro Tancredo Neves e pouco tempo depois a vítima foi executada. A Polícia Civil encontrou o corpo de “Sarita” em uma lagoa próxima à Açofer.

 

Jonildo disse que decidiu sair do bairro com medo de o acusarem de estar envolvido no crime por causa do desentendimento que teve com “Sarita” uns dias antes.

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